GLOBO JN - Entrevista ou confronto?

O Globo, como todos estão vendo, está entrevistando os candidatos à presidência da República logo na abertura do Jornal Nacional. Ato correto de veículo de comunicação que pretende manter seu público informado.

Na segunda feira passada, foi Ciro Gomes o sabatinado pelas âncoras do jornal. Ontem, foi a vez de Jair Bolsonaro. Hoje será outro candidato e assim por diante.

O que chama a atenção não são somente as questões levantadas pelos entrevistadores. Mas a atitude açodada e desafiante que assumem, fazendo parecer um duelo de inimigos.

Certamente que se alguém contar o tempo que Ciro Gomes, o entrevistado, usou para expor suas idéias ,descobrirá que a maior parte de todo o período foi usado pelos entrevistadores.

Dá até a impressão de que eles, os entrevistadores, é que têm propostas de governança para o Brasil. Confrontam, contraditam e, pelas expressões corporais, até agridem o entrevistado, que é quem dá audiência

Sabe aquela coisa de bandido e mocinho! Pois é. De repente vemos os entrevistadores como os ‘mocinhos’ e o entrevistado como o ‘bandido’ que precisa ser derrotado.

Vendo o quanto Ciro foi espicaçado pela dupla do telejornal do Globo, Bolsonaro não deu refresco. Franziu o cenho e falou mais alto para não ser engolido. Que se cuidem os próximos.

Ah! Não respondeu objetivamente à pergunta? Fugiu pela tangente, desconversou? Não vamos estressar o entrevistado por isso. O telespectador está vendo e ouvindo. Ele, que é o alvo de tudo e não é burro, fará o seu juízo.

Parece que a direção do jornal ou a orientação dos donos estão extrapolando o bom e ético jornalismo e tentando manipular o tecido social.

E isso não é bom para a democracia nem para o Brasil.     

Fonte: noticiastudoaqui.com