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Adolescentes não heterossexuais correm maior risco desta doença

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Jovens que pertencem a minorias sexuais estão mais propensos a sofrerem de depressão e têm quatro vezes mais hipóteses de praticarem autoflagelação.

Jovens que se identificam com minorias sexuais – gays, lésbicas, bissexuais ou heterossexuais não exclusivos – experienciam mais sintomas depressivos e relatam mais casos de autoflagelação, comparativamente aos seus colegas de escola e início da idade adulta, aponta um estudo que acompanhou quase cinco mil voluntários entre os dez e 21 anos no Reino Unido, publicado no periódico científico The Lancet Child & Adolescent Health.

Segundo a pesquisa, jovens de minorias sexuais apresentam quatro vezes mais chances de praticarem atos de autoflagelação entre os 16 e 21 anos do que os seus colegas heterossexuais, e também têm mais risco de sofrerem com sintomas de depressão a partir dos dez anos de idade. Levantamentos anteriores mostraram que anualmente entre 2001 e 2014, 37 em cada 10 mil raparigas e 12 em cada 10 mil rapazes do Reino Unido receberam tratamento por traumatismos autoinfligidos.

É extremamente preocupante ver que apesar das mudanças na perceção e atitudes públicas, os jovens de minorias sexuais continuam sob um maior risco de incidência de problemas de saúde mental a longo prazo — resume Gemma Lewis, líder do estudo, docente na University College London, no Reino Unido.

“Os dados apurados destacam a importância de tratar a saúde mental dos jovens de orientações sexuais minoritárias. É imperativo que encontremos novas maneiras de alcançar estes adolescentes e que estes tenham acesso a serviços psicológicos de apoio de alta qualidade desde muito jovens”, alerta.


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