Em 9 meses, número de seguidores de Bolsonaro cresceu mais de 90%

Desde outubro de 2017, a base de seguidores do pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) nas redes sociais cresceu drasticamente. No Instagram o aumento foi de 98,77% e, no Twitter, o acréscimo foi de 90,48%. O Facebook foi a que menos sofreu alteração: 1 crescimento de 17,30%.

De acordo com a última pesquisa do DataPoder360, Bolsonaro lidera a corrida eleitoral em todos os cenários.

Bolsonaro tem uma base de seguidores que costuma promover grande engajamento (interação dos usuários com determinada página, seja por curtidas, retweets ou compartilhamentos e comentários). A interação média do pré-candidato no Twitter é de 0,64%. É a maior média entre os 5 principais pré-candidatos.

No Twitter, apesar de Marina Silva ser a pré-candidata com maior número de seguidores, Bolsonaro é o que apresenta a evolução mais significativa. De 630.271 seguidores em outubro de 2017, passaram para 1.200.591 em julho de 2018.

Já no Instagram, o pré-candidato do PSL lidera com uma margem de pelo menos 970.000 seguidores. São 1.250.237 totais. No início de abril, seu perfil conquistou a marca de 1 milhão de seguidores. O perfil do ex-presidente Lula (PT) é o 2º colocado, com 273.472.

No Facebook, Bolsonaro também lidera, mas sua margem comparada com Lula é menor. A diferença é de 1,95 milhão se seguidores.

Apesar de apresentar o menor número de seguidores no Facebook, Ciro Gomes (PDT) tem a maior média de interações. É de 1,28%, comparado com 0,75% de Bolsonaro. Isso significa que o conteúdo do pedetista engaja uma maior quantidade de pessoas que a do general da reserva. Nem sempre a quantidade de seguidores é convertida em interações.

SEGUIDORES AUTOMATIZADOS

Embora Bolsonaro tenha 1 grande número de seguidores, uma pesquisa do Internet Lab indica que 33,8% dos seguidores do pré-candidato do PSL no Twitter são os chamados “bots“, ou seja, programas de computador que são criados para exercerem determinada função. Neste caso, servem para automatizar perfis e contas nas redes sociais.

Marina Silva (Rede), que tem o maior número de seguidores na rede social, tem 36,2% de bots. São cerca de 693.313 perfis “automatizados”. O pré-candidato com o maior percentual de seguidores do tipo é Alvaro Dias (Podemos): 64,3%. O que menos tem é Guilherme Boulos (Psol), com a presença de 14% de bots.

Segundo o relatório do Internet Lab, “o uso desse mecanismo pode elevar o alcance, a repercussão, e, até mesmo, a confiabilidade de candidatos, que vêem seu número de seguidores crescer elevando sua influência nas redes sociais”.

POSTS PATROCINADOS

Faltando menos de 2 meses para o início da campanha oficial, os pré-candidatos à Presidência apostam no potencial das redes sociais para se tornarem mais conhecidos.

Geraldo Alckmin, por exemplo, impulsiona postagens nas redes sociais desde o início de junho. Segundo a assessoria de Alckmin, a base de fãs dele é orgânica e os posts patrocinados têm o objetivo de melhorar a interação com o candidato.

O partido de Marina Silva tem pouco mais de 10 segundos de horário eleitoral gratuito. Por isso, a internet será seu principal veículo de campanha. A assessoria da pré-candidata afirma que os links patrocinados têm grande importância para difundir a posição da acreana frente a temas populares.

POR QUE ISSO IMPORTA?

Nas eleições deste ano, pela 1ª vez, candidatos, partidos e coligações poderão impulsionar suas publicações nas redes sociais. Ou seja, colocar dinheiro para melhorar seu desempenho e atrair a atenção dos usuários.

O impulsionamento de posts proporciona, entre outras coisas, que a mensagem: 1) seja exibida para o maior número possível de usuários; 2) seja direcionada a grupos específicos.

Quanto maior o número de seguidores do pré-candidato, maior será o alcance orgânico de sua mensagem –que não requer pagamento para ser exibida ao usuário.

Fonte:Poder360