ELEIÇÃO2018 – O eleitor só terá 45 dias para escolher em quem votar
Ninguém viveu, até agora, um processo eleitoral tão estranho e diferente como o dessa eleição de 2018. Até os acima dos 70 anos não conseguem compreender como se chega a somente 90 dias do dia da votação, sem se ter nem idéia de quem possa vir a ser o presidente da República, o senador, o governador e até os deputados federais e estaduais.
Parece que todos estão esperando que surja, na última hora, um bom nome, que atenda as expectativas de todo mundo, para em efeito manada, despejar toda a votação.
Querem a repetição do milagre eleitoral que elegeu, pelas redes sociais, o desconhecido promotor de justiça aposentado, Hildon Chaves, para prefeito em Porto Velho e João Dória, apresentador de televisão, para prefeito de São Paulo, a megalópole do Brasil.
O exemplo vem ainda, da eleição do aloprado e excêntrico miliardário Donald Trump, para dirigir a mais poderosa nação do mundo, o Estados Unidos da América e do jovem Emmanuel Macron, para dirigir a sofisticada França e a sua iluminada e luminosa Paris. Todos, ancorados nas redes sociais.
Pronto. Aí está a chave do segredo do sucesso: as redes sociais. Acredita-se que elas darão conta de fazer desconhecidos candidatos se tornarem velhos e íntimos personagens do nosso meio, de família conhecida, dignos da confiança de todos, merecedores do voto limpo e honrado de cada um.
O milagre tem prazo definido em lei para acontecer: pouco mais de 45 dias, o tempo entre o último dia, 15 de agosto, para registro dos candidatos no Tribunal Regional Eleitoral e o 7 de outubro, dia de ir às urnas para votar.
Mas tem um porém: as trapalhadas eleitorais de Traump, Vladimir Putin presidente da Russia e o Faceebook, cuidaram de levar a credibilidade das redes sociais ao chão. Corrobora e muito, para esse descrédito, a invasão do meio por aventureiros e patifes de todos os naipes. Qualquer dedo ágil e cabeça vazia são especialistas em redes sociais.
Mais uma: mesmo com a regulação e instrumentos jurídicos tentando levar luz e ordem a esse universo virtual, as notícias falsas, agora denominadas fake news, dominam a cena e são alvos de alertas por parte das autoridades eleitorais. E, mais uma vez, vai á sola do sapato, a credibilidade que se pretende passar através das redes sociais.
O desafio desta eleição e construir então a imagem de um candidato a presidente, senador ou governador e fazer o eleitor se decidir com algum grau de convicção por um candidato em tão pouco tempo.
As redes sociais e a comunicação eletrônica – portais, sites, blogs, etc – são sim, atualmente, os substitutos da visita pessoal que os candidatos faziam aos eleitores nas antigas campanhas eleitorais de um ano inteiro. Agora os pretendentes visitam cada eleitor pelo WhatsApp e Facebook, na cidade ou na roça.
Resta encontrar os meios de fazer com que a mensagem mereça a credibilidade do eleitor, reduzindo a sua margem de erro na escolha de tantos candidatos, seis ao todo, em tempo tão curto, nesta eleição. O bom e velho jornalismo pode contribuir, e muito, botando tutano neste osso vazio.
Do registro da candidatura até a eleição, são só 52 dias para o eleitor escolher o candidato.
Houve um tempo que as convenções eram em maio e as eleições em novembro. Mas a campanha começava em janeiro. Dava conhecer os candidatos e até tomar um cafezinho com eles.
Fonte: notíciastudoaqui.com
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