VILHENA - Em meio ao frio e incertezas, população de Vilhena elege novo prefeito neste domingo

Inabilitada, candidata Rosani Danadon pode prejudicar o pleito mais uma vez; chefe do Fórum Eleitoral de Vilhena, Fabiola Canuto, informa que  59.174 eleitores estão aptos a votar

VILHENA – A votação para a escolha do novo prefeito de Vilhena transcorre tranquila neste domingo, 03. Alguns locais de votação foram unificados, caso das seções que funcionavam na escola Wilson Camargo e que foram instaladas junto com as que ficam no colégio Álvares de Azevedo. 

Em meio ao clima ameno – com a chegada da quarta frente fria do ano a região – e de incertezas, já que a candidata Rosani Donadon concorre sub judice, a população de Vilhena retorna às urnas neste domingo para eleger o novo prefeito e vice-prefeito do município.  A eleição de 2016 foi anulada pela Justiça  Eleitoral, porque, a época, a então candidata Rosani estava inelegível. De forma não muito clara para a maioria do eleitorado, a Justiça Eleitoral permitiu que uma candidata inelegível concorresse ao pleito, elegendo-se, diplomando-se e tomando posse para administrar a cidade por quase dois anos, para só então cassar o mandato e determinar a realização de novas eleições.

E, por mais esquisito que possa parecer aos olhos de quem não é do ramo do direito, a Justiça permite que Rosani Donadon concorra neste pleito suplementar – mesmo a Lei definido que quem dá causa à anulação da eleição não pode participar do pleito suplementar, provocando mais insegurança jurídica no processo eleitoral.

De acordo com a chefe do Fórum Eleitoral de Vilhena, Fabiola Canuto, 59.174 eleitores estão aptos a votar e alertou que só poderão participar do pleito suplementar quem fez o cadastramento biométrico até 3 de janeiro. Cada eleitor pode fazer 4 tentativas e, se todas falharem, o mesário responsável pela seção confere os dados da pessoa e usa sua própria digital para que ela vote.

Cerca de 1.200 pessoas foram convocadas para trabalhar no pleito, incluindo mesários, policiais e equipe de apoio.

A chefe do Cartório aproveitou a entrevista para desmentir a “fake news” de que as pessoas que não haviam votado na eleição de 2016 estariam impedidas de participar do pleito suplementar. Segundo ela, todos os que foram registrados na 4ª Zona Eleitoral até o dia 03 de janeiro podem votar.
A expectativa é que, até as 19:00h deste domingo, com os resultados das 5 urnas instaladas em localidades da zona rural, o prefeito ou prefeita eleita de Vilhena seja conhecido.
Concorrem aos cargos de prefeito e vice-prefeito de Vilhena os candidatos Eduardo Toshiya Tsuru (PV) com a vice Maria José de Carvalho Silva (PSDB), da coligação “Trabalho, Respeito e Verdade já!”; e Rosani Terezinha Pires da Costa Donadon (MDB)  e Darci Agostinho Cerutti (DEM), da Coligação “A Vontade do Povo”.

Os dois candidatos encerraram suas campanhas na tarde deste sábado, 02, realizando o último ato de campanha: Rosani Donadon (MDB) decidiu cancelar uma carreata programada por sua coligação e fez uma caminhada pelas principais ruas da cidade.

Já Eduardo “Japonês” (PV) promoveu carreata. A concentração aconteceu no final Melvin Jones, e percorreu as principais avenidas da cidade.

Votos de Rosani não serão divulgados na apuração

Cassada pela Justiça Eleitoral e sem registro para concorrer nas eleições deste domingo em Vilhena, os votos de Rosani Donadon (MDB) não serão divulgados. Assim, a população saberá apenas a votação de Eduardo Japonês (PV).

Rosani Donadon não conseguiu registrar a candidatura para a eleição de 2016, concorreu com liminar e foi cassada em março deste ano.

“Rosani Donadon foi cassada por abuso do poder econômico nas eleições de 2016 (ela não foi cassada, foi tida por irregistravel – que não preenchia os requisitos para o registro- e está inelegível (juridicamente não está inelegível, tanto que poderá se candidatar no pleito de 2018) inclusive para esse pleito”.

Os votos atribuídos a Rosani Donadon serão arquivados e somente após o julgamento de seu recurso no TSE poderão aparecer. Em caso de negativa a votação é nula segundo o parágrafo 3º do artigo 175 do Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965). O dispositivo estabelece que: “Serão nulos, para todos os efeitos, os votos dados a candidatos inelegíveis ou não registrados”.

O pleito

O eleitor inscrito nas listas de votação do município de Vilhena, que estiver fora do seu domicílio eleitoral na data da realização da nova eleição, deverá apresentar, no prazo de 60 dias após a realização do pleito, o requerimento de justificativa dirigido ao Juízo da 4ª Zona Eleitoral.

Equipes técnicas da Secretaria do TRE que darão apoio ao pleito eleitoral, sob a responsabilidade da 4ª Zona Eleitoral, comandada pelo juiz Gilberto José Giannasi, já se organizam para ajustar os últimos detalhes antes de iniciar as votações.

De acordo com o Fórum Eleitoral de Vilhena, ao total foram lacradas 221 urnas. 26 delas serão para contingência. Fabiola Canuto disse  que as urnas foram lacradas com as fotos dos dois candidatos, Rosani Dondon e Eduardo Tsuru “Japonês”, além de informações das duas chapas individualmente em cada urna.

A eleição suplementar em Vilhena ocorre após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cassar o registro de candidatura de Rosani Donadon, eleita em 2016.

LOCAIS E HORÁRIOS DE VOTAÇÃO

Conforme informações das assessorias de imprensa, os candidatos optaram por votar na parte da manhã neste domingo, 3.

A candidata a prefeita, Rosani Donadon (MDB), votou às 08h30, no Senac; seu vice, Darci Cerutti (DEM) na escola Álvares de Azevedo, às 09h. Ambos estavam juntos.

O candidato Eduardo Japonês (PV) votou, às 9h30, na Escola Álvares de Azevedo; E  sua vice, Maria José da Farmácia (PSDB), votou às 10h, na escola Marechal Rondon. Eles também compareceram juntos nos dois locais.

Eexpressaorondonia, com informações do Diário da amazônia, folhadosulonline e extraderondonia