ASPROVEL e ONG do SENAC tentam tirar Zona Leste do sufoco do próprio lixo | Notícias Tudo Aqui!

ASPROVEL e ONG do SENAC tentam tirar Zona Leste do sufoco do próprio lixo

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Porto Velho, RONDÔNIA – Apesar do mau cheiro e das emissões tóxicas do lixo que se acumula à porta e no interior do prédio, ainda assim, a Associação dos Catadores de Porto Velho (ASPROVEL) tem obtido algum sucesso, em suas atividades, sem a presença do poder público.

Fincada no subúrbio, entre os bairros Escola de Polícia e Tancredo Neves, Zona Leste, a entidade convive numa boa com os moradores locais. Enquanto isso, catadores associados estariam longe de incomodar órgãos ambientais porque não incineram nenhum tipo de produto originário de plástico, madeira, papel ou fiação. Mas estar longe, também, de satisfazer todo mundo, admite o dirigente Geraldo da ASPROVEL.

Sem diagnóstico oficial à mão, os catadores que lá selecionam, pesam e transacionam seus produtos, em média, girando em torno de 30 toneladas de material não metal e resíduos descartáveis. Contudo, segundo estimativasda ASPROVEL,“há meses que a tonelagem é maior” -  quando as doações são anunciadas e coletadas no local.  

Atualmente, a coleta seletiva existe em quase todos os bairros da região. Já existem centenas de pontos feitos até por donos de estabelecimentos comerciais que viram nessa atividade alguma forma de lucro fácil. Agora, não permitem mais a figura do catador nos locais, como ocorria até há pouco tempo, diz Geraldo da ASPROVEL.

Na maioria dos pontos mapeados pela Associação, ainda é possível ter sucesso nas coletas de lixo doméstico, uma vez que o processo seletivo nos bairros da Zona Leste existe somente em menos de 63% das casas. Enquanto isso, a maioria do lixo industrial e hospitalar se acumula há décadas no lixão da Vila Princesa, cada vez mais poluentes, aponta o advogado João Roberto Soares Lemes, há 15 anos em Porto Velho. .

Sem meios suficientes originários do poder público e político, a Associação dos Catadores-ASPROVEL, parece profetizar que a cidade de Porto Velho continuará sufocada no lixo caso as autoridades não busquem sustentabilidade à função dos catadores. “Eles, sim, são verdadeiros ambientalistas”, sustenta Geraldo.

“O fim dos lixões não significará o fim da figura dos catadores, dentro ou fora das associações, cooperativas ou comunidades”, prever ele. Segundo ele “em governos passados, muitos tentaram nos anular” chegando a propor funções junto ao município, desde que a entidade fosse dirigida pelos gestores públicos.

- A luta foi grande e o resultado é que, há anos, a ASPROVEL, pioneira no ramo de coleta de lixo na Capital e Região, mantem até hoje seus parceiros e apoiadores, afirmou Geraldo.

Levando em conta que a Região Leste da cidade poderia morrer asfixiada no próprio lixo que produz, Geraldo revelou que vem lutando, nos últimos dez anos,para conscientizar governos da importância que têm os catadores em nossa cidade.

Na semana passada, Geraldo e seus associados foram surpreendidos com a parceira com uma Organização Não-Governamental ECOs, vinculada ao Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC), que doou coletes e equipamentos de proteção individual (EPIs) aos associados da ASPROVEL. Agora, eles contam com proteção à saúde na coleta de material e resíduos originários dos lixões e nas lixeiras domésticas dos subúrbios,

Entusiasmado, Geraldo disse ao noticiastudoaqui.com, que já estabeleceu novas metas para 2018. Mas não deu detalhes dos projetos que irá executardaqui por diante.

 

XICO NERY  


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