MORADIA – Invasores tomam conjuntos do Minha Casa Minha Vida na Zona Leste | Notícias Tudo Aqui!

MORADIA – Invasores tomam conjuntos do Minha Casa Minha Vida na Zona Leste

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Porto Velho, Rondônia – Alvo de atos de vandalismo, mais de uma centena de casas do Programa de Habitação “Minha Casa, Minha Vida”, continuam sendo invadidas por pessoas que se dizem fora dos programas sociais do governo federal, do Estadoe do município. E saqueadas por vândalos que levam tudo o que podem: pia, vaso sanitário, portas e janelas, lâmpadas e fios da rede elétrica do imóvel.

Ao menos 120 famílias ocupam, desde a semana passada, imóveis ainda não entregues aos beneficiados inseridos nos programas habitacionais financiados pelo Governo. Este, por sua vez, na primeira ocupação em 2017, não acelerou a construção das obras conforme reza o contrato com a empresa ganhadora da licitação em 2015.

Desta feita, os imóveis invadidos são de unidades que compõem um conjunto próximo ao Residencial Orgulho do Madeira, no cruzamento com a Avenida União, bairro Socialista, a 120 metros do “Porto Belo I, II e III”.

Segundo interlocutores da Polícia Militar, que acompanhavam o desenrolar do caso após o estouro da ocupação na segunda-feira (28), “a chegada dos sem-teto ocorreu como um raio, desses que estronda tudo’. De repente, chegaram com vários caminhões-baú, trazendo móveis, colchões, cama e animais de estimação, revela a dona de casa Maria Raimunda Pereira, 69 anos.

A nova ocupação provocou um grande tumulto na quarta-feira (30), já que “retardatários tentaram ocupar as casas que já haviam sido marcadas e as áreas cortadas pelos coordenadores do movimento invasor”, revelou um moto-taxista, 39 anos, que não quis se identificar. 

Segundo o moto taxista, pelo menos 75% das pessoas que ocupam os imóveis invadidos não foram contemplados com a aprovação dos cadastros feitos sob a chancela da secretaria de Assistência Social e da Famíliad município de Porto Velho nem pela Secretaria da Assistência Social-SEAS do governo do estado. E viram, na exclusão de seus nomes da lista de beneficiados que, “as casas ainda não entregues, eramum alvo ideal para invasão”.

Ele acrescentou aindaque, “o objetivo maior é facilitar o acesso a um dos apartamentos entre os inúmeros dos programas de habitação do governo federal, do estado e domunicípio, prontos e não liberados pela Caixa Econômica Federal”.

Raimunda Pereira, mesmo com medo de ser exposta pela mídia, aceitou falar e disse que “muitos dos que estão aqui são daqui mesmo, do Orgulho do Madeira, da invasão do Jardim Santana, Baixo Madeira, Triangulo, Candeias do Jamari, Jaru, Ponta do Abunã e da BR-364. 

Casos semelhantes ao dessa invasão ocorrem também nos estados do Paraná, Amazonas e Piauínas regiões Norte e Nordeste, virando alvos fáceis de invasões por conta da demora na conclusão e entrega das obras ou por conta de quebra de contrato por parte das construtoras, afirma o consultor jurídico, Joao Roberto Lemes Soares.

- Nesses três estados ao menos 5 mil casas continuam fechadas e podem ser invadidas a qualquer momento, ele revelou.

Só no entorno do Residencial Orgulho do Madeira, em Porto Velho há, pelo menos, 600 apartamentos ainda não entregues às famílias contempladas pelo sorteio da Prefeitura e do governo do estado. Entre estes, os das unidades do Porto Belo (I, II e II), apesar de estarem semi-prontos para morar. Mas seguem vazios – um prato cheio para a indústria da invasão.

 

XICO NERY

 


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