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Manifesto pede aliança de partidos em torno de candidatura única de centro

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O “Manifesto por 1 polo democrático e reformista” foi lançado nesta 3ª feira (5.jun.2018) na Câmara dos Deputados. A mobilização é articulada pelo deputado Marcus Pestana (PSDB-MG) e pelo senador Cristovam Buarque (PPS-DF).

O documento é assinado pela maior liderança do PSDB, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e pede a união de diversos partidos em torno de uma única pré-candidatura ao Planalto.

O grupo de pré-candidatos que tenta furar a polarização entre a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL), que representa a extrema direita, e a de Ciro Gomes (PDT), que representa a esquerda, levou 1 banho de água fria com a divulgação na manhã desta 3ª da pesquisa do DataPoder360. Bolsonaro aparece consolidado em 1º lugar e Ciro isolado na 2ª posição em todos os cenários.

“Estamos entre a catástrofe do autoritarismo e o desastre do populismo. A pesquisa [DataPoder360] mostra que o caminho seria a união dos candidatos do centro democrático e progressista. Infelizmente as conversas com os candidatos não vão muito em frente. Ninguém quer abrir mão da candidatura”, disse ao Poder360 o senador Cristovam Buarque (PPS-DF).

O ministro Aloysio Nunes (Relações Exteriores), 1 dos signatários do manifesto, afirmou haver resistência dos partidos que têm candidato para que abandonem suas pré-candidaturas. “Quem é candidato acha que vai ganhar. Ou que a eleição dá capital político para campanhas futuras”, disse. “Os partidos que não têm candidato próprio vão apostar suas fichas, e o dinheiro do Fundo Eleitoral, na eleição de parlamentares.”

Segundo os autores do manifesto o documento foi desenvolvido a partir do temor de que as eleições de outubro se concentrem em extremos. O objetivo é fazer com que o centro democrático esteja presente no 2º turno. Entre os partidos conclamados a conversarem em torno de 1 único projeto, foram citadas legendas de centro e de direita, entre elas: PSDB, PPS, PSD, PV, MDB, DEM, Rede, Podemos, PRB e o partido Novo.

O deputado Marcus Pestana teceu elogios aos pré-candidatos que intenciona ter no grupo. “Vamos procurar pessoas com papéis centrais, como o presidente da Câmara [Rodrigo Maia], que teve 1 papel histórico em manter o equilíbrio institucional”, afirmou.

Pestana também pediu o reforço do diálogo entre Alvaro Dias (Podemos), Geraldo Alckmin (PSDB), Henrique Meirelles (MDB), Marina Silva (Rede), e, como classificou, “entre novos atores“, como João Amoedo (Novo) e Flávio Rocha (PRB).

O documento destaca os seguintes pontos como necessidades centrais para serem defendidas em uma candidatura à Presidência:

defesa da liberdade e da democracia com o fortalecimento das instituições republicanas em sua harmonia e independência, dos direitos individuais e das minorias;

reforma do sistema político;

luta contra a corrupção;

transformação do sistema educacional como elemento central do desenvolvimento nacional na era do conhecimento e da inovação;

equilíbrio fiscal, “com a diminuição do tamanho da máquina estatal, com ganhos de eficiência e produtividade”;

reconstrução da federalização, com uma radical descentralização e fortalecimento do poder local;

reforma tributária;

reforma da Previdência;

promoção da ciência e tecnologia;

combate ao autoritarismo e ao populismo;

defesa de alinhamento internacional que privilegie “os verdadeiros interesses nacionais, e não ultrapassadas e equivocadas identidades ideológicas“;

postura firme no setor de segurança pública e tolerância zero com o crime organizado;

qualificação do SUS (Sistema Único de Saúde);

adoção de “soluções criativas e eficazes” nas áreas de moradia e saneamento;

desenvolvimento sustentável;

fortalecimento e modernização da administração pública;

combate à miséria, à pobreza e às desigualdades sociais e regionais.

 


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