CFM e Cremero realizam o 1° Encontro de Bioética em Porto Velho

Durante a tarde desta última terça-feira (5), estiveram presentes em reunião no plenário do Cremero em Porto velho, 27 presidentes dos conselhos regionais de todos os Estados brasileiros e Distrito Federal, para debater sobre diferentes realidades que a prática médica se configura em cada região.

José Hiran Gallo é o tesoureiro do CFM e um dos idealizadores do evento, sobre a importância de Rondônia sediar o primeiro encontro de bioética ele explica:

“A bioética não é algo exclusivo da medicina, todas as profissões precisam estar focadas dentro da bioética, é uma ciência jovem que surgiu há 40 anos, mas de suma importância. Trazer este evento para Rondônia é um marco histórico na bioética, estamos projetando o nome do Estado a nível mundial, é sem dúvida um evento de extrema importância para os médicos rondonienses, para o CFM e, acima de tudo, para a população”.

Hiran Gallo, Tesoureiro do CFM Foto: Jaylson Vasconcelos

Ainda segundo Hiran, além dos diversos temas abordados, as doenças negligenciadas, um dos temas abordados na bioética, terá uma ampla discussão no encontro:

“Uma das coisas preocupantes da bioética são as doenças negligenciadas, como por exemplo a tuberculose que todo mundo pensa que está erradicada, mas Rondônia está no ranking desta doença negligenciada, a sífilis é outra doença que está sendo propagada por todo o Brasil novamente e ela mata tanto quanto a Aids, este tema também estará no foco do nosso encontro”, pontua o tesoureiro.

Rosa de Fátima Leal, presidente do CRM de Roraima e, para ela o evento é uma oportunidade de aprimoramento profissional:

“Bioética é um tema muito importante para que nós profissionais possamos aprender e desenvolver o nosso trabalho com mais aprimoramento, também é importante que estes encontros aconteçam com mais frequência para a troca de informações, assim, podemos ter um comportamento médico semelhante em todo o Brasil”.

Outro tema que o encontro discute é a questão da imigração dos refugiados em todo o Brasil. O estado de Roraima tem sido o foco de uma grande quantidade de imigrantes vindos da Venezuela, motivados pela crise humanitária que se instalou no país. Por dia cerca de 800 pessoas entram no Brasil pelo estado de Roraima e, esta grande quantidade de pessoas, têm preocupado a saúde pública, pois, novos casos de epidemias de doenças negligenciadas estão voltando a acontecer. Sobre este assunto, Rosa Leal explica:

“Roraima é a porta de entrada destes refugiados e nós estamos enfrentando uma dificuldade muito grande, pois com a entrada dos venezuelanos, mesmo informando as autoridades, uma situação de caos e isso acabou retrocedendo doenças que já estavam extintas, como o caso do sarampo, sífilis, difteria que há muito tempo não existia mais no Brasil e voltaram. Estamos em Roraima fazendo de tudo para controlar as epidemias que estão surgindo e realizando campanhas de vacinação”, finalizou a presidente.