PORTO VELHO – Uma Capital que encanta e desencanta o visitante e até quem mora aqui | Notícias Tudo Aqui!

PORTO VELHO – Uma Capital que encanta e desencanta o visitante e até quem mora aqui

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Decepciona-se, o rondoniense nativo ou adotivo que sai de Ji-Paraná, Ariquemes, Cacoal, Machadinho d’Oeste, São Francisco do Guaporé ou qualquer lugar, alimentando por décadas o sonho de conhecer Porto Velho, a Capital do Estado.

O choque será maior caso ele se hospedar em casa de parentes ou amigos, ricos ou pobres que residam em bairros, a exemplo doTrês Marias, Lagoinha, Conceição, Cohab ou qualquer outro.

Ele se espantará ao ver o chão esburacado de ruas com águas fétidas e lama, até mesmo com as asfaltadas e, mesmo assim, cheias de lixo e entulhos na frente das casas e mato, muito mato nas portas das moradias.

 

A paisagem de total abandono das ruas da Capital assusta o visitante...

 

... que observa, mesmo nas ruas asfaltadas, a ausência de calçadas e meio fio...

Terrenos baldios enfeiam esses lugares, pois foram transformados em capoeirão. Em tantos, mal se percebe o ‘caminho’ dos pés indicando que ali mora gente. Esse é um cenário que não se enxerga mais na absoluta maioria das cidades rondonienses ao longo da BR-364.

 

... e casas com passarelas improvidas para ter acesso à moradia.

 

Nas cidades interioranas, há tempos se cultiva o hábito de terrenos limpos, ruas limpas, mesmo que seja de terra, calçadas limpas de mato e de lixo. Além de se cultivar e valorizar o jardim na frente das casas e até de lojas. O ambiente sujo e de ruas descuidadas, é coisa do passado. Dos primeiros tempos da colonização.

O nosso visitante se encanta com o Teatro Belas Artes, com o complexo do Palácio Rio Madeira, com os edifícios envidraçados do Tribunal de Justiça, do Ministério Público do Estado, com Shopping Rio Madeira e até com alguns restaurantes e casas noturnas.

 

O maior teatro da Região Norte surpreende pela beleza das linhas modernas ...

 

... assim como a arquitetura arrojada do Palácio da Justiça...

 

... e a beleza plástica do Ministério Público.

Se embevece com a grandiosidade e beleza plástica do Rio Madeira. Com a imagem lúdica dos barcos e voadeiras singrando as águas turvas do segundo maior afluente da margem direita do grande Rio Amazonas. E se derrete quando os botos corcoveiam as águas das pirararas e dos jaraquis.

Os grandes barcos que viajam para Manaus instigam o visitante

 

 

...que, a bordo de um barco de passeio ...

 

 

... se derrete com o desfile dos botos cor de rosa ...

 

... ou com o pôr do sol sobre o Rio Madeira

Mas se desencanta com o complexo da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, onde não acha nem local para urinar. Se estiver apertado, tem que fazer sob a vista de todos, atrás das árvores, máquinas ou galpões. E, olhando em volta, se dá conta do estado de abandono das velhas locomotivas Maria Fumaças e seus acessórios e equipamentos. E, no quanto o descaso do poder público pode fazer para destruir o patrimônio e a história de um povo.

 

Mas o coração do visitante se aperta diante da Maria-Fumaça largada na grama que cobre as rodas.

Minimiza essa forte decepção, a presença resistente de artesãos expondo suas criações num dos galpões da estrada de ferro e a presença de denodados ex-ferroviários que, embora idosos e por conta própria, ficam por ali dando informações sobre uma das sagas mais desafiante e importante do homem no Planeta Terra: haver construído uma estrada de ferro em pleno ‘Inferno Verde’ amazônico no início do século XIX.

... e se comove ao ouvir a história da saga heroica da Madeira Mamoré

O anfitrião volta a chocar o visitante rondoniense ao leva-lo a uma das feiras livres da Capital.Tanto faz ser a que fica entre as ruas Raimundo Cantuáriae Jacy-Paraná, na lateral da Avenida Amazonas quanto com a famosa e mais antiga Feira do Cai N’água, na Avenida Rogério Weber, nas proximidades do Rio Madeira. Ali, ou em qualquer delas, se multiplicam ‘gatos’(furto de energia através de ligação ilegal) de energia elétrica por toda parte: postes, rede elétrica e até de outros ‘gatos’. Fios espalhados pelo chão, às vezes molhados, suspensos à altura do peito nos caminhos dos transeuntes, que se obrigam a se abaixarem para não tropeçar nos obstáculos que oferecem sério risco de vida. Ali falta a presença do poder público, efetivamente.

 

O visitante se assusta com o que ver nos ‘caminhos’ entre os feirantes e teme pela vida...

 

...’será que ninguém ver o perigo?’se pergunta a senhora de rosa...

Mas não é só isso: o visitante que veio conhecer a Capital do seu estado, se retrai ao ver na parte externa mercadorias, produtos alimentícios como frutas, legumes, hortaliças e até animais expostos no chão, sujo e molhado. Na área interna, sob gôndolas sujas e improvisadas de madeira, todo tipo de mercadoria. Lanchonetes se espalham vendendo de tudo: de lanche a almoço.

 

... mas logo compreende: é tudo tão antigo e ultrapassado...

 

... por isso, os frutos ficam jogados ao chão...

 

... ou arrumados improvisadamente.

 

A higiene nestes locais deixa muito a desejar. Não se sabe a qualidade e nem de onde vem as águas utilizadas para fazer os alimentos e até mesmo o açaí e outros sucos oferecidos ali. Mas se ver que as limpezas dos vasilhames são feitas em vasilhas ´d’água muitas vezes utilizadas. Principalmente nos abatedouros de galinhas e frangos, nas bancas de venda de carnes e nas de venda e tratamento de peixes. Há até quem afirme que os galões de águas minerais se que se observa na feitura dos açaís, não são minerais originais, mas águas de torneira dentro dos vasilhames de minerais. Para iludir o freguês.

Suspeitas e coisas que somente a ação do poder público pode esclarecer. Prefeitura, Ministério Público do Consumidor, Proncon, vigilância sanitária, Ipem além de Câmara de Vereadores e até a Assembleia Legislativa. Os ‘fiscais do povo’ como costumam se autodenominarem estes agentes públicos.

Em Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal e muitas outras cidades do interior de Rondônia, esse ambiente caótico, bagunçado, sem higiene e até sem administração e fiscalização adequada, é coisa do passado. As feiras livres de produtores hoje, são ambientes padronizados, higienizados, cobertos, bem iluminados e com ‘ruas’ de pisos livres e limpos. Com gestão e gestores que sabem o que fazem, não falta fiscalização e, por isso, a desordem passa longe.

 

Tão diferente do que ocorre no interior: veja como era e como está a feirade Ji-Paraná ...

 

... onde se implantou uma concepção moderna, segura e saudável de feira livre...

 

 

... que valoriza o produtor, o produto e o consumidor ...

 

... com espaços amplos, iluminados, seguros...

 

... com pista antiderrapante e chão limpo. Aqui não tem lama, ‘gato’, fios no chão.

Em Ji-Paraná por exemplo, o Feirão do Produtor parece um grande supermercado de uma rede nacional. Acabou de passar por mais uma reforma que obedeceu a rigoroso projeto de qualidade, funcionalidade e serviços. O saneamento não deixa águas nem sujeiras correndo nos pés dos clientes. Os box’s, padronizados, tem pias com água tratada onde é preciso. Os produtos, mercadorias, frutas, legumes, carnes e peixes tudo, são expostos em bancas box separadas e limpas. O feirante utiliza farda e equipamentos de higiene. E os preços obedecem ao mesmo critérios de todas as feiras, procurando ser mais barato que no comércio formal.

Em Ariquemes e Cacoal não é diferente. Muda o ambiente e a arquitetura predial. Mas o conceito é o mesmo: segurança, higiene, qualidade dos produtos e preço baixo. E ainda: as feiras livres se transformam aqui, como no mundo inteiro, em ambientes de sociabilização e negócios. Enquanto se encontra amigos, se trata de negócios: se compra e se vende, de tudo um pouco. Limpa-se as vistas com a diversidade das silhuetas humanas. A ida à feira vira uma festa de prazer e lazer. Mas só possível, onde o poder público se faz presente e demostra compromisso com o cidadão.

 

Cacoal segue o mesmo conceito das demais cidades. Espaço amplo e limpo... 


... para uma escolha e compra prazerosa do melhor produto.

 

Ariquemes segue o bom exemplo. Ou é o exemplo bom...

 

... com bancas padronizadas...

 

... para a comercialização que chega de todos os cantos do município e onde...

 

... a área externa obedece a regras de padronização, higiene e limpeza.

 

Esse choquetambém se dá quando um rondoniense nativo ou adotivo de Porto Velho vai conhecer as cidades do interior do estado. Noutra matéria falaremos sobre isso.

 

Fonte: noticiastudoaqui.com

 

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