GOVERNO: Irineu quer sanear CAERD ainda em 2018

Porto Velho, RONDÔNIA – Mesmo diante de uma grave crise herdada por sucessivos governos, a Companhia Estadual de Abastecimento de Águas e Esgotos (CAERD) é uma companhia viável, a afirmação é do atual presidente José Irineu Cardoso.

Nesse contexto, foi verificada toda a situação dos ativos e passivos da companhia e onde se encontrou “uma grande disparidade de gastos com comissionados, além de dívidas com o Fisco Federal e a Eletrobrás em valores que ultrapassam R$ 35 milhões”, ele admitiu. 

Além das pendências acima, a CAERD, para que saia do vermelho e possa respirar daqui para frente, diz Irineu Cardoso, “terá que implantar, logo-logo, o sistema de demissões voluntárias para no mínimo 200 servidores total de 625”.  

Diante desse quadro, é pensamento da nova gestão da companhia, de acordo com o Diretor-Presidente, “mandar para casa os aposentados que, apesar do tempo de serviço expirado, ainda não receberam indenizações estabelecidas em lei”.

Com bloqueio de mais de 65% de suas receitas por conta de dívidas deixadas pelas gestões anteriores, a CAERD, de igual modo, “está no vermelho, também, com servidores em mais de três folhas de pagamentos esperando recursos para pagar”, denuncia Irineu Cardoso.

- Com muito esforço, depois de entendimento com o Sindicato dos Trabalhadores Urbanitários(Sindur), a companhia pagou janeiro, restando fevereiro, março e abril, e já estamos fechando o mês de maio, revelou.

Nos dez primeiros dias após assumir o cargo, ao menos 90% dos comissionados foram demitidos. O que fatalmente, representou uma economia de R$ 1 milhão ao mês. A manter esse quadro, “seria assumirmos o enfraquecimento do setor, vez que a situação, aqui, é de gestão e não de falência da Companhia”, constatou Irineu Cardoso.

No período em que estiver à frente do governo do Estado, Daniel Pereira, na visão do novo Diretor-Presidente da CAERD, “deve contar com um incremento de ações voltadas ao resgate dos ativos da companhia, inclusive em receitas provenientes da extinção de Superintendências Regionais (SUREGs)”.

Sobre a desativaçãodasSuperintendências Regionais (SUREGs)no interior do Estado, ele afirmou que o governo passado, “manteve ativas as unidades de Ariquemes com 10 servidores pagos, Rolim de Moura com 12 e Candeias do Jamari, apesar de terem sido extintas toda a estrutura. Agora estas cidades serão assistidas pela Capital”, a 20 quilômetros daquele município.

- São medidas iguais a essas que, periodicamente, ajudarão o governo a sanear a companhia e venha oferecer serviços de qualidade à população, previu Irineu.

Num outro ponto da entrevista ao noticiastudoaqui.com, o presidente da CAERDgarantiu, contudo, que ao final do mandato do governo atual, serão analisadas as diferentes formas de gestão: por concessão total, concessão parcial, PPP ou liquidação. “mas vamos entregar uma companhia saneada”.

- Estamos observando o modelo adotado pelo governo do Estado do Amapá, onde a prioridade indicada reúne planos de ações para fazer amenizar a crise na distribuição de água e no sistema de esgotos, concluiu José Irineu Cardoso.

Texto e Fotos XICO NERY