CNC prevê contratação de 73,1 mil temporários e aumento de 4,3% nas vendas de Natal | Notícias Tudo Aqui!

CNC prevê contratação de 73,1 mil temporários e aumento de 4,3% nas vendas de Natal

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A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê que o Natal deste ano deverá registrar aumento, tanto nas vendas quanto na abertura de vagas temporárias, após dois anos consecutivos de queda. A Confederação estima a contratação de 73,1 mil trabalhadores temporários, um avanço de 10% em relação aos 66,7 mil postos criados no ano passado. Em relação ao volume de vendas do fim de ano, a CNC prevê avanço de 4,3% no varejo, o equivalente à movimentação financeira de R$ 34,3 bilhões até dezembro.

A temporada de oferta de vagas no setor deve ocorrer entre setembro e dezembro – um “efeito de adiamento” em relação aos anos anteriores. “Antes da crise, mais de 20% das vagas começavam a ser preenchidas em setembro e outubro. Nos dois últimos anos, esse percentual não passou dos 15%”, afirma Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da CNC.

Os maiores volumes de contratação deverão se concentrar no segmento de vestuário (48,9 mil vagas) e no de hiper e supermercados (10,4 mil vagas). Além de serem os “grandes empregadores” do varejo – juntos eles representam 42% da força de trabalho do setor – esses segmentos costumam responder, em média, por 60% das vendas natalinas.

Salários

O salário de admissão deverá alcançar R$ 1.191; avançando, portanto, 7,1% em termos nominais na comparação com o mesmo período do ano passado. O maior salário de admissão deverá ocorrer no ramo de artigos farmacêuticos, perfumarias e cosméticos (R$ 1.446), seguido pelas lojas especializadas na venda de produtos de informática e comunicação (R$ 1.391); contudo, esses segmentos deverão ofertar apenas 2,1% das vagas totais a serem criadas no varejo.

Efetivação dos temporários

Diante da perspectiva de retomada lenta e gradual da atividade econômica e do consumo no início de 2018, bem como dos impactos positivos sobre o emprego decorrentes da reforma trabalhista, a taxa de contratação dos trabalhadores temporários deverá voltar a crescer após o Natal.

“Ao contrário da média dos dois últimos anos, quando apenas 15% dos trabalhadores contratados em regime temporário foram efetivados após o fim do ano, a reação mais positiva da economia deverá elevar esse percentual para cerca de 27%”, afirma Bentes. No período pré-crise, a taxa média de efetivação foi de 32,5%

 

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia (Fecomércio-RO) estima que sejam geradas 1.114 vagas de empregos temporários no final deste ano no estado. Neste período, as lojas começam a reforçar as equipes para as vendas de Natal e Ano Novo. Em 2017, foram contratadas 1.018 pessoas e dessas 20% ficaram nas empresas.

De acordo com o economista Silvio Persivo, existe uma expectativa que 14,9% dessas pessoas tenham o contrato de trabalho renovado ao término do período temporário, mas ele avalia abaixo do patamar histórico onde o normal de contratação seria 20%. “Esses trabalhadores que ficam são os que se destacam e os empresários acabam contratando, mas isso é uma expectativa e se a economia melhorar pode aumentar o número de contratados”, avalia Persivo.

Ainda, é esperado um aumento de 9% nas vendas de final de ano em comparação ao ano passado. “Mas nós constatamos que ainda não atende a expectativa dos empresários porque eles acreditavam que seria bem melhor”, completa Silvio.

O economista diz que as vendas deste ano devem ser melhores que em 2017, em nível nacional, onde o crescimento será 2,3%. Já no estado de Rondônia estima-se elevação de 4,3%. “Isso ignifica que a economia está retomando um aquecimento que deve ser maior no ano que vem. Ano passado, o aumento das vendas foi de 3,8% e este ano esperamos que seja ainda melhor”, diz o economista.

A contratação temporária, segundo o economista, é necessária já que as vendas sempre aumentam consideravelmente e para não perder cliente, os empresários acabam contratando novos funcionários para atender a demanda. “Normalmente, as empresas contratam pessoas pelo prazo máximo de dois meses que é quando o volume de vendas e clientes aumenta”, avalia.

Com a aproximação do final do ano, os lojistas começam a preparar promoções para atrair os clientes e aquecer as vendas ainda mais. A dica que o economista Silvio Persívo é que o consumidor pesquise em mais de uma loja antes de comprar. “Com essa pesquisa, o cliente pode achar o mesmo produto em outra loja e mais barato. Evitar levar crianças na hora de fazer as compras também ajuda a economizar e não comprar coisas desnecessárias”, finalizou.

Normalmente, os ramos de roupas, calçados e eletroeletrônicos são os mais atrativos. Mas há expectativa de que os bens de menor valor, como CDs, DVDs, livros e artesanatos ganhem destaque e atraiam os olhadores dos consumidores.


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