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As novidades das campanhas políticas

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A grande novidade, este ano, na política aqui no Brasil, foi a grande renovação até agora verificada. O que era previsto, no que sempre chamei de “democracia em tempos de indignação”. O povo brasileiro está indignado. Decepcionado. Com a faca entre os dentes. Com uma vontade louca de cortar cabeças. 

Infelizmente, não é somente aqui no Brasil. Ontem,  vi noticiário da noite,  uma marcha destemida de latinos, na fronteira do México, provocando imenso tumulto de gente de quase todos os países da América Central. Forçando passagem para entrar nos Estados Unidos. Todos perseguidos pela falta de trabalho, pela violência, pelas drogas e pela pobreza.

Não pense que é somente a América Central e do Sul que está assim. É o mundo inteiro. Levas de refugiados perseguidos. As terríveis guerras civis africanas. A Síria, Iraque, Afeganistão. A Inglaterra sem saber que rumo tomar. A Itália sem lideranças autênticas, a Espanha em conflitos permanentes e por aí vai.

E a política é a busca pelo poder. E a história é o relato desta busca. E as campanhas deste ano por aqui tem sido feias. No geral, altamente degradantes, ofensivas, sem clareza de propósitos. Nem todo mundo que chega ao poder é bem-sucedido. Eu digo pra vocês, em política, não há nada de novo. Quando você pensa que é novo, olhe para trás e a história ajudará muito no seu caminho. As estratégias podem ser aprendidas.

Desde os romanos, é quase sempre a mesma coisa, a mesma tática, dividir para conquistar, para depois governar e ter poder. Mas, a teoria é fácil. Falar é fácil. Difícil é fazer acontecer. E governar bem. Ainda mais, aqui no Brasil, que se olha para um lado e para o outro – há um campo imenso de incerteza. E a incerteza, como o erro são qualidades próprias da natureza humana. E diz Oscar Arias Sánchez (Costa Rica) entre na vela (embarcação), pegue o timão e bússola e siga em frente. Sempre em frente. Lembrando que as nossas democracias são frágeis. Seja um fragmento de Mandela, que já será muito.



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