Desafios e oportunidades da economia digital
Num mercado globalizado e cada vez mais sem fronteiras, a forma de as empresas fazerem negócios vem mudando radicalmente com o advento das novas ferramentas digitais, promovendo uma enorme transformação na economia tradicional como um todo. Conhecido como “economia digital”, esse novo modelo de negócios é impulsionado por meio da internet, de forma a facilitar a comunicação, transferência de dados e transações comerciais, entre outras atividades, de forma simples, rápida e interativa.
“Essas tecnologias vieram para simplificar a forma como fazer negócios, para se obter mais e melhor com menos, através da utilização mais eficiente dos recursos disponíveis”, afirma o professor Gil Giardelli, especialista em inovação e economia digital. “Representa uma mudança mais ampla na maneira de mover a economia, em que a interação entre as empresas e seus clientes tornar-se-á cada vez mais social, móvel e conectada”, diz ele, esclarecendo que, nesse contexto, a inovação tecnológica torna-se um fator determinante para o sucesso de um empreendimento.
“Essa transformação não mais poderá ser considerada como uma novidade ou diferencial na empresa, mas, sim, como pré-requisito essencial de competitividade”, explica.
Contudo, mesmo considerado como uma das maiores economias mundiais, o especialista afirma que o Brasil ainda vive na infância dessa era digital, ocupando as últimas posições internacionais no quesito competitividade.
“Embora a disseminação do uso de smartphone tenha criado um ecossistema propício para essa transformação, ainda falta a base no país, ou seja, cidadãos, governos e empresas ainda não entenderam que precisam enfrentar essa realidade, investindo em novas tecnologias para aproveitar seus benefícios, e aprender, de fato, a gerar valor”, diz ele.
“Então, se conseguíssemos transformar um pouco da nossa economia através da digitalização, poderíamos adicionar cerca de 120 bilhões de dólares no Produto Interno Bruto (PIB) do país”, estima o professor.
Por fim, Giardelli argumenta ainda que o empresário brasileiro é pouco inovador, embora seja muito criativo. “Os negócios continuarão se transformando, o mercado ficará cada vez mais competitivo e as oportunidades serão mais restritas e escassas. É preciso, então, colocar a criatividade para funcionar na inovação, entendendo que a economia digital é uma nova forma mundial de fazer negócios, e que veio para ficar”, conclui.
As causas e efeitos da expressiva alta do dólar
Em função das recentes turbulências no cenário internacional, tais como a guerra comercial promovida por Donald Trump, o aumento de juros americanos patrocinados pelo Federal Reserve (FED) e o acirramento da crise econômica na Argentina, entre outros, ocorre, atualmente, um fenômeno conhecido como “flight-to-quality”, ou seja, quando os investidores migram seus recursos para mercados considerados mais seguros, o que vem levando à desvalorização das moedas de países emergentes do mundo inteiro.
Segundo o professor-doutor Joelson Sampaio, coordenador do curso de economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Brasil não ficou isento e, ainda, teve sua situação agravada por questões internas. “O mercado está muito nervoso, por causa da indefinição sobre quem será o próximo presidente, e qual a política econômica que será adotada a partir do ano que vem, o que fez o dólar disparar por aqui”, diz ele, explicando que essa valorização perene e expressiva tem sido motivo de grande preocupação. “Isso afeta diretamente o cotidiano das pessoas, pressionando a inflação sobre diversos produtos e serviços, principalmente aqueles cujos custos estão atrelados ao câmbio”, esclarece o economista.
Terceirização: Mei, Micro e Pequenas empresas são os beneficiados com a nova lei?
A palavra terceirização entrou de vez no vocabulário do profissional autônomo no Brasil. Com a publicação da Reforma Trabalhista através da Lei n.º 13.467, e com a decisão do STF sobre o tema, foi liberada no país a terceirização ampla e irrestrita, sem configuração de vínculo empregatício. Se você se pergunta agora o que isso significa e quais os efeitos da lei para minha pequena empresa, leiam atentamente estas informações, mas primeiro vamos entender o que é terceirização.
Deforma resumida, a terceirização significa contratar uma empresa para executar um determinado serviço dentro de outra, ou seja, podem contratar outras empresas para executar temporariamente serviços ou funções relacionados com a sua atividades inclusive a atividade fim. Entre outros pontos, estabeleceu que compete à empresa terceirizada contratar, remunerar e gerenciar os trabalhadores responsáveis pela tarefa.
Como essa mudança pode ser benéfica para os MEIs?
O que se mostra benéfico ao microempreendedor individual é justamente o que mais desperta polêmica quanto às novas regras.
Obviamente, para quem é MEI, isso não seria ruim, aliás o que parece problema vai ser a solução para muitos, e analisando a questão exclusivamente pelo ponto de vista dos microempreendedores individuais, as alterações são muito bem-vindas. É um novo mercado que se abre, com potencial para ampliar ainda mais o avanço desse que é o tipo de empresa que mais cresce no Brasil, e na prática, não há mais limites para o MEI atuar.
Afinal, é um bom negócio para o MEI prestar serviços como terceirizado?
Quanto a isso, não há dúvidas. O autônomo prestador de serviços que se formaliza como microempreendedor individual o faz em muito pela vantagem de poder ser contratado por empresas, ampliando a sua carteira de clientes, e não apenas é um bom negócio para o MEI, mas em muitos dos casos, uma questão de sobrevivência para contratantes e terceirizados. O que muda agora é que novas portas se abrem e se pode negociar com ainda mais clientes.
Socorro tenho uma empresa
Ter uma empresa não é uma tarefa fácil, visto que diversos passos devem ser adotados para que seu negócio dê frutos e o sucesso seja alcançado. Entretanto, tendo uma consultoria que possa auxiliar nas ações para manter uma boa administração, uma estratégia exemplar, cuidando da gestão financeira, da gestão comercial, do marketing e das pessoas, é possível conquistar resultados positivos e elevar sua marca diante da competitividade do mercado atual.
Paulo Renato Haddad, especialista em administração de empresas e sócio da MultNegócios, empresa parceira do SIMPI para a área de consultoria empresarial, orienta as empresas e dá a dica de 5 pontos importantes a seguir:
1- O foco deve estar sempre no cliente
Conforme a empresa cresce, é comum que novas demandas internas da estrutura surjam. Esse é um ponto que pode desviar a atenção do empreendedor do que realmente interessa – que é o lugar em que os clientes e os resultados estão. Encantar-se com a tecnologia é natural, o problema é olhar somente para o próprio umbigo. Por isso, o foco deve estar sempre no cliente, independentemente das demandas, lançamentos ou tecnologias. Pense sempre na experiência que ele terá, use a linguagem que ele usa e estabeleça uma relação direta com ele.
2- Organize a vida financeira
Muitos empreendedores vivem em uma completa desorganização financeira, e isso é péssimo para o negócio. O primeiro passo para organizar a vida financeira é ter disciplina para fazer o caixa diário e assim traçar o fluxo de caixa.
3- Tenha em mente um modelo de negócio, cuja filosofia seja clara é entendida por todos.
Você sabia que o maior motivo para uma empresa morrer é a falta de planejamento? Quando um modelo de negócio é traçado, todo e qualquer erro deve ser encarado como aprendizado. Isso é muito importante (principalmente na fase inicial do negócio) para testar e validar o modelo de negócio e não ter medo de alterar a estratégia quando for preciso.
4- Seja um gestor administrativo de excelência.
Por mais que ter conhecimento no ramo de atuação seja bom, é de suma importância também entender de administração. Assim, é possível saber mais sobre contratações, demissões, impostos, finanças, etc.
5- Negocie sempre.
Saber economizar é fundamental para ir mais longe. Cortar gastos é uma excelente estratégia para atingir o melhor fluxo de aproveitamento dos recursos (mas de maneira inteligente). Negocie com fornecedores sempre que possível, dessa forma, o fluxo de caixa será melhor e os lucros serão mais altos.
Fonte: SIMPI/RO
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