Ferroviários cobram o papel de cada um na preservação do patrimônio cultural da cidade | Notícias Tudo Aqui!

Ferroviários cobram o papel de cada um na preservação do patrimônio cultural da cidade

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Através de sua Associação, os ferroviários estão finalizando um documento que projeta para melhor a segurança interna do Complexo da Madeira Mamoré, bem como prioriza a restauração da linha até a malha férrea da Vila Santo Antônio.

Por sua conta e risco, mas diante da suposta omissão atribuída ao poder público e político, a diretiva da Associação dos Ferroviários da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM) exortou nesta quarta-feira, 12, a todos os rondonienses para que se empenhem nas campanhas de resgate de peças e acessórios furtados do acervo da ferrovia.

Historicamente, sabe-se, que, “peças, materiais e equipamentos vêm sendo furtados por falta de segurança e vigilância em entorno do Complexo Ferroviário”, admite o presidente José Bispo, 83 anos. Outro dia, uma roldana de uma locomotiva foi achada em um ferro velho no bairro Lagoinha e agora, outra engrenagem de mais de 100 quilos, reapareceu.

Para equacionar a proteção do patrimônio ferroviário e cultural da cidade, onde se inclui a preservação e conservação em suas linhas originais os imóveis da centenária Vila Ferroviária, a ASFEMM, no decorrer desta semana, vai discutir a melhor forma de atrair o poder público, político e entidades classistas, para o que classifica de “desafio não só aos poderes, mas também aos cidadãos”.

Através de sua Associação, os ferroviários estão finalizando um documento que projeta para melhor a segurança interna do Complexo da Madeira Mamoré, bem como prioriza a restauração da linha até a malha férrea da Vila Santo Antônio, não mais apenas até o quilômetro um que se confronta com o bairro Cai N’Agua, como pretende a Prefeitura.

A restauração dessa malha férrea pode retomar o antigo amor que os nativos porto-velhenses pela ferrovia, hoje, praticamente, “alimentado por desesperança e descrédito nas autoridades envolvidas no interminável processo de restauração, mas sem a preservação de suas linhas e formas originais”, assinala George Telles, o Carioca.

Além disso, é pensamento dos membros da diretiva da ASFEMM, repassar ao juízo da 5ª Vara da Justiça Federal, em audiência promovida pela Procuradora da República, Gisele Bleggis, com apoio do Ministério Público Estadual e ferroviários, no próximo dia 17, parte dos posicionamentos tomados pela Procuradoria Geral da República (PGR) sobre o momento atual do Complexo Ferroviário e outros bens da União, em Porto Velho.

Como pano de fundo dessas novas iniciativas tomadas pela Associação dos Ferroviários, figuram, ainda, solicitação de estudo pelo IPHAN nacional sobre a entrega da EFMM por 50 anos ao município que, até agora, “não destinou técnicos para auxiliar a administração, segurança e proteção dos bens ainda não inventariados”.

– Preservar e cuidar da manutenção do patrimônio cultural, arquitetônico, histórico e artístico da cidade é uma obrigação constitucional em meio às atribuições do poder público municipal, estadual e federal, afirmam dirigentes da ASFEMM.

Enfim, enquanto o furto e o roubo de peças do acervo histórico não são contidos pelas autoridades afins, a Associação dos Ferroviários da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (ASFEMM) diz que, “esse é o grande desafio da atualidade que o prefeito Hildon Chaves, governador Daniel Pereira, o MPF, MPE, IPHAN, SPU e os cidadãos devem enfrentar nesse novo século, a fim de se evitar a morte da cultura e da história antigas dos porto-velhenses”, completou George Telles, O Carioca.

 

Fonte: Correioderondonia 


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