Barrado pela Ficha Limpa, Nilton Capixaba renuncia à candidatura e tenta emplacar esposa na disputa a Câmara
Condenado a seis anos de prisão por desvio de recursos da saúde na 'máfia dos sanguessugas' deputado teve sua candidatura impugnada pelo TRE/RO por problemas com a Lei da Ficha Limpa
Porto Velho, RO - Já contestado pelo Ministério Público Eleitoral e mantendo a candidatura pendurada em recurso do TSE, o deputado Federal Nilton Capixaba (PTB) desistiu na manhã deste domingo, 16, de tentar a reeleição à Câmara Federal. O prazo final para julgamento de todos os recursos dos candidatos é nesta segunda-feira, 17. O Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia trabalhou em regime de plantão neste fim de semana, realizando sessões de julgamento no sábado e no domingo.
Condenado a seis anos e 10 meses de prisão no esquema conhecido como Máfia dos Sanguessugas, o deputado federal Nilton Capixaba (PTB) decidiu renunciar à candidatura à reeleição. O pedido de renúncia foi apresentado na manhã deste domingo, momentos antes do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Rondônia iniciar o julgamento do registro, que já havia sido impugnado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE).
Junto com a carta renúncia, Capixaba protocolou também um pedido de substituição de candidatura, apresentando sua esposa, Hosana Balbino, como sua substituta na candidatura a deputada federal. Filiada ao PTB, Hosana seria a alternativa para Capixaba continuar o seu projeto político.
Durante o tempo em que manteve a candidatura, Capixaba gastou cerca de 50% dos R$ 1.162.180,00 de recursos públicos, recebidos do Fundo Partidário. Os gastos dele, segundo o TSE somam R$ 516.560,65. A sangria poderia ter sido evitada. O MPE entrou com pedido para proibição de Capixaba receber dinheiro, mas o TRE negou.
Depois de ter a sua candidatura indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral, Nilton Capixaba buscou o registro junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e a A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal rejeitou seus embargos de declaração e, com isso, a participação do parlamentar restou prejudicada.
De acordo com a decisão do STF, o deputado terá de dar início imediato ao cumprimento da sentença de 6 (seis) anos e 10 (dez) meses e 6 (seis) dias de reclusão e 340 (trezentos e quarenta) dias-multa.
A acusação destaca que o parlamentar acertou, no ano de 2000, um porcentual das emendas apresentadas ao orçamento da União para a aquisição de unidades móveis de saúde em Rondônia. O MPF ainda aponta que foi beneficiada com as emendas a empresa Planam, investigada na Operação Navalha, deflagrada pela Polícia Federal em 2007.
Fonte: Expressaorondonia
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