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Maria Rezende (domingada da segunda-feira)

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A professora Maria Rezende é Secretária Municipal de Nova Brasilândia do Oeste (NBO) em Rondônia. É a primeira cidade do Estado a implantar a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Veja bem a coragem dela. Demonstrando que a lei federal precisa ser movimentada. Sair do papel. E ela está se organizando para que o município inove e se prepare para este grandioso momento da história da educação.

O BNCC dá foco nas disciplinas essenciais: matemática, língua portuguesa e ciências (e ou inglês) e sete a oito disciplinas opcionais, de escolha livre para os alunos. Não resta dúvidas que se levada bem a sério, e os professores bem treinados, dará grandioso salto na qualidade da educação.

A segunda parte, indispensável, será a organização das salas temáticas (como se fossem verdadeiros laboratórios) tanto para as disciplinas essenciais, como também para as de livre escolha (optativas). Porque em alguns casos terão alunos que escolherão, por exemplo, futebol (as aulas serão no estádio de futebol da cidade) em dias determinados. E por aí.

Diante da coragem da Maria Rezende, eu passei a acreditar que a educação de qualidade deve iniciar de baixo para cima, do distrito, da aldeia, da pequena cidade, da média, da grande – e aí sim, o Brasil se instala de verdade – como um país da grande virada na qualidade. E a hora é agora.

Eu estou esperando uma audiência com o Secretário Nacional de Finanças Dr. Waldery (equivalente a Ministro da Fazenda), Governo Federal, para discutir com ele o grave drama sistêmico do Brasil, que é a concentração dos recursos nas mãos do Governo Federal. Que o Ministro Paulo Guedes chamou de “problema sistêmico”. Além do mais, não estou gostando de jeito nenhum do efeito dominó da quebradeira dos estados e municípios. Isto é fruto de uma doença que vem corroendo os ossos e coluna vertebral da federação. Banho de sol não resolverá.

Ainda com o Secretário Waldery, quero que ele inclua o investimento no capital humano (aqui pra mim é a educação) em paralelo com todo o debate de reformas. Reformar o Estado, ficar vaselinado e o povo distante, pobre e não letrado, não teremos nenhum proveito de produtividade, de distribuição de renda e de nada. E tudo será uma imensa desilusão, tal qual o poema “À Espera dos Bárbaros” de Constantino Kafáfis.

Tem coisa que dá pra rir e pra chorar. Eu aprovei uma lei publicada e numerada – número 10.517 de 11 de julho de 2002, portanto tem 17 anos (Governo FHC). Eu era Deputado Federal. Muito bem, a lei nunca foi cumprida, por causa da falta de regulamentação pelo Denatran. Coisa horrorosa. Lobby mesmo. Só pode ser. Como se diz “coisas ocultas”.

A minha lei dá legalidade ao uso de “semirreboques” por motonetas e motocicletas, desde que ajustados eixos de sustentação para o trabalho nas cidades e no campo: mercadoria, entregas rápidas, pequenas cargas, ferramentas, botijão de gás, estas coisas todas. Não. Denatran sentou em cima e nada.

Prejudicou muito a empresários do ramo. Que são donos de oficinas. Gente criativa. Que poderia crescer. E nada. No entanto, a coisa funciona na ilegalidade. Em toda cidade se vê as motos puxando “carrinhos” pra cima e pra baixo. Como se diz – lei para pobre é de lascar. Se fosse para beneficiar banco que reboca o cartão de crédito e o cheque especial com juros nas alturas, isto não foi e não seria problema. Porque está tudo aprovado. Coisa do diabo mesmo.

Tem coisa que não tem “legalidade”. Mas, termina que o povo dá a legalidade, por si próprio. Um exemplo deste é o JERICO. Um veículo feito oficinas simples, quase fundo de quintal, na cidade de Alto Paraíso (RO) e noutros lugares também. Compra-se o chassis no ferro velho, eixos e rodas, alonga um pouco aqui e ali. Compra um motor estacionário, a manivela, ou corda para impulso para ligar o motor, a diesel e sai o JERICO pronto. Tem na cidade todo ano a Festa do Jerico. Baixa velocidade. Um barulho do motor bem característico. Serve pra tudo. Roda na rua. Puxa madeira, boi, milho, gente, mercadoria, o “jerico” é um faz tudo. Foi feito um acordo municipal de livre circulação deles. E ninguém mexe. É a lei dos costumes.


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