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“A culpa é do Bolsonaro”

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ColunistaValdemir Caldas

Uma criança de doze anos resolve brincar com uma arma deixada pelo pai em um canto qualquer da casa e, acidentalmente, dispara contra o seu irmão de nove anos, que morreu a caminho da unidade de saúde. Longe de mim, contudo, apontar o dedo na direção de ninguém. Não sou juiz, nem pretendo sê-lo. Só há um juiz – e justo – que é Deus. Em vez disso, peço ao Senhor que conforte o coração da família. 

Mas, por incrível que pareça, já tem energúmeno dizendo por ai que a culpa é do presidente Jair Bolsonaro, por ter assinado um decreto facilitando a compra de armas e munições, como se tragédias dessa natureza só existissem aqui. Conduta de alienado, cujo partido foi escalpelado nas urnas pelo voto de uma sociedade, cansada de tanta roubalheira. 

No fundo, não passam de farsantes. Condenam o capitalismo, mas, na prática, vivem nababescamente, morando em mansões, viajando para os melhores lugares do mundo e comendo em restaurantes caríssimos. Tudo serve para essa gente na tentativa insana de desmoralizar o governo Bolsonaro, em âmbito nacional e internacional. 

Acorda, pessoal! O povo está vacinado contra aquele tipo de político que diz uma coisa em público e, longe dos microfones e das câmaras de televisão, faz outra, achando que todo mundo é idiota. O bonde da história passou e essa turma ficou encalhada nos arrecifes do desalento, mostrando que ainda não compreendeu o recado das urnas. 

Para esses, danem-se o Brasil e a sua gente. Tudo serve, nesse particular, como lenha para a fogueira do descrédito nacional. Daqui a pouco, quando Bolsonaro regularizar a exploração do garimpo em áreas quilombolas e indígenas, o que já ocorre hoje, clandestinamente, como se tem ouvido e visto, vai aparecer um punhado de defensores da natureza para acusá-lo de ser o responsável pelo extermínio da nossa floresta, da nossa cultura e dos nossos índios. 

Querem, portanto, que as nossas riquezas continuem sendo contrabandeadas pela avidez do lucro e a esperteza própria de uns poucos. A história está repleta de exemplos que recomendam cautela e responsabilidade no trato de assuntos sérios. Pretender jogar nas costas do governo Bolsonaro a culpa pela morte acidental de uma criança, enquanto brincava com o seu irmão com uma arma é, no mínimo, irresponsabilidade de quem tem no lugar dos miolos aquilo que as moscam adoram.


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