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Brasil suspende exportação de carne para a China

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O Ministério da Agricultura informou nesta segunda-feira (03/06) que o Brasil suspendeu temporariamente a exportação de carne bovina para a China depois da confirmação de um caso atípico de vaca louca no Mato Grosso.

A medida faz parte de um acordo assinado entre os países, que prevê a suspensão automática e preventiva quando esse tipo de doença é detectado. O ministério disse que já enviou a documentação exigida pela China para liberar novamente a exportação e destacou que não há risco sanitário no Brasil

O caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) atípico, mais conhecida como mal da vaca louca, foi confirmado na sexta-feira num animal de 17 anos, que foi abatido e incinerado em um matadouro. Produtos derivados do animal foram localizados e apreendidos, de modo que não há risco para a população, segundo as autoridades.

O ministério afirmou que a Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) encerrou o caso nesta segunda-feira e classificou o risco para a doença como insignificante. "A OIE informou ainda que não haverá relatórios suplementares", acrescentou.

O ministério lembrou que, em mais de 20 anos, o Brasil registrou apenas três casos de mal da vaca louca atípica – que surge de maneira espontânea e esporádica e não está relacionado à ingestão de alimentos contaminados –, e nenhum da forma tradicional da doença, que pode levar ao fechamento de todos os mercados.

A China é um dos principais compradores da carne brasileira. Nos quatro primeiros meses deste ano, o Brasil exportou mais de 537 mil toneladas de carne bovina, das quais 97,7 mil toneladas tiveram como destino o mercado chinês.

Causado por proteínas alteradas, o mal da vaca louca foi identificado na década de 1980. No auge da epidemia no Reino Unido, em 1992, mais de 37 mil casos foram confirmados. A doença pode ser transmitida ao homem pela ingestão de carne contaminada e permanecer incubada por décadas. Quando ataca, a doença degenerativa é incurável e leva à morte.

CN/efe/ots


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