Índia proíbe maior grupo insurgente da Caxemira

Segundo a agência de notícias Associated Press, a Índia também impôs um bloqueio de segurança em várias partes da região, incluindo no centro da principal cidade de Srinagar, em antecipação de protestos e confrontos contra o domínio indiano.

O Ministério do Interior da Índia emitiu um comunicado, na quinta-feira, contra o maior partido islamista do Bangladesh, Jamaat-e-Islami, acusando o grupo de "associação ilegal" e apoio à militância na região.

Pelo menos 400 líderes e ativistas foram detidos, principalmente do Jamaat-e-Islami, que procura a autodeterminação de Caxemira, região dividida entre a Índia e o Paquistão, mas reivindicada por ambos na sua totalidade.

Os acontecimentos na região surgem depois de as forças armadas indianas terem assegurado na terça-feira que tinham realizado um ataque aéreo contra um campo de treino do grupo islâmico Jaish-e-Mohammed (JeM), que tinha reivindicado um atentado suicida na Caxemira indiana, que matou pelo menos 40 paramilitares indianos a 14 de fevereiro.

As forças armadas paquistanesas afirmaram posteriormente terem abatido dois aviões indianos no espaço aéreo do Paquistão e detido dois pilotos indianos.

Nova Deli anunciou por seu turno ter abatido um avião paquistanês em Caxemira e ter perdido "um Mig-21", cujo piloto foi então dado com "desaparecido em combate".

A subida de tensão entre as duas potências nucleares está a preocupar a comunidade internacional que receia um conflito aberto entre os "dois irmãos" inimigos do Sul da Ásia do Sul sobre a questão de Caxemira, um ponto de discórdia desde a partição do império colonial britânico e da criação dos dois países em 1947. 

A Índia e o Paquistão já travaram três guerras desde a sua independência em agosto de 1947. Dois dos conflitos foram desencadeados pela questão de Caxemira, uma região dividida em duas, mas que é reivindicada pelos dois países.