A difícil tarefa de ser líder de um governo com pífios índices de popularidade | Notícias Tudo Aqui!

A difícil tarefa de ser líder de um governo com pífios índices de popularidade

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ColunistaValdemir Caldas

Se, por um lado, ser líder de governo tem lá suas vantagens, por outro, constitui uma tarefa espinhosa, que requer, dentre outras qualidades indeléveis, paciência e muito jogo de cintura para lidar com interesses absurdamente difusos. Quando, porém, se é líder de uma administração onde um secretário leva até dois dias para mandar trocar uma telha quebrada de uma unidade de saúde, ai é o fim da picada. Que o diga o vereador Alan Queiroz, líder do prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, na Câmara.

Nos últimos quinze meses, não houve uma só Sessão em que Alan não fosse obrigado a usar a tribuna para defender a administração tucana. Ontem, mais uma vez, ele foi à tribuna, não para responder às criticas da oposição, como seria usual imaginar, mas à insatisfação declarada de aliados como Jurandir Bengala e Márcio Miranda.

Sem citar nomes, Alan disse que se sentia incomodado, impotente, diante de algumas coisas que vêm acontecendo na prefeitura da capital, onde secretários se comportam como se fossem donos das pastas que comandam, como se fossem uma ilha, esquecendo-se de que a prefeitura é única, que precisa trabalhar em sintonia, visando sempre o bem-estar da coletividade, e não para agradar pequenos feudos. Decepcionando, Alan ameaçou entregar a liderança do governo se não ocorrer uma mudança de mentalidade, nos próximos três meses.

Já disse (e repito) do respeito e da admiração que tenho pelo prefeito Hildon Chaves, apesar de não ter votado nele. Talvez por isso sinto-me à vontade para dizer ao prefeito que o principal dever de uma prefeitura não se resume ao cumprimento do calendário de pagamento de servidores e fornecedores, indo mais além, alcançando o atendimento às comunidades, na forma de obras e serviços que contribuam de alguma maneira para melhorar a vida dos munícipes.

Reforço o que disse ao prefeito, em ocasiões anteriores, ou seja, se a sua administração quer ter um ganho palpável em termos de credibilidade, o senhor precisa se livrar das tranqueiras que o cercam e os coloca na berlinda da opinião pública. Dois anos e meio já se foram, mas ainda é possível trabalhar duro para se chegar a um regime condizente de administração para o município, quando tantas outras passaram pela cidade sem tomar qualquer medida de austeridade. Escute mais as vozes das ruas, prefeito, e menos os parasitas que se cevam nas flácidas tetas de sua administração. Ainda há tempo.


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