Em sua terceira final continental, Jesus ainda busca o primeiro título
Atual treinador do Flamengo chegou em duas finais de Liga Europa com o Benfica, mas foi derrotado nas duas. Isso, porém, não 'tira o sono' dele
O Flamengo está perto de confirmar a temporada "perfeita". Já campeão do Carioca e com o título do Brasileirão bastante encaminhado, o time agora busca coroar 2019 como um de seus melhores anos na história na final da Libertadores, contra o River Plate, neste sábado.
E se a equipe, que vem jogando um futebol de alto nível, é considerada favorita a ficar com a taça, alguns fatores podem atrapalhar os brasileiros. Enquanto o River é o atual campeão da América e tem em seu grupo inúmeros jogadores acostumados com esse tipo de jogo, o Flamengo não tem esse mesmo tipo de experiência e, de todo o seu elenco, apenas o volante Willian Arão tem o título da Libertadores em seu currículo.
Esse passado mais vitorioso é visto também no banco de reservas. Se Jorge Jesus, com 65 anos, é um treinador experiente, com dois títulos portugueses na bagagem, quando falamos de conquistas continentais, o técnico fica bastante abaixo de Marcelo Gallardo, comandante do River e que já foi campeão da América em duas oportunidades: 2015 e 2018.
Jesus até teve a oportunidade de levar esses títulos. Nas temporadas 2012/2013 e 2013/2014, ele conduziu o Benfica até a final da Liga Europa, a segunda em importância no 'velho continente', mas acabou derrotado nas duas oportunidades. Na primeira delas, contra o Chelsea, sua equipe levou o segundo gol nos acréscimos da segunda etapa e acabou derrotado. Na segunda, o Benfica segurou o Sevilla em 0 a 0 durante a partida, mas acabou superado por 4 a 2 nos pênaltis.
Apesar de ter sentido as derrotas, o atual comandante do Fla não acredita que isso possa prejudicar seu time e, para ele, ainda mais importante do que ser campeão, é estar perto das conquistas.
"É verdade que é minha terceira final, muito importante. Já estive duas em que perdi, infelizmente. Não me esqueço. Uma nos pênaltis, outra aos 92 minutos. Vamos ter a terceira. Só perde e ganha quem chega. Entre a desilusão, a tristeza e a satisfação, há muita proximidade. Em Portugal, dizemos que vamos à final para ganhar. É assim que pensamos", comentou ele após a classificação para a decisão, na vitória por 5 a 0 sobre o Grêmio.
Por outro lado, o treinador do clube brasileiro pode ser considerado mais testado do que seu adversário em um fator importante desta decisão: o fato dela ser disputada em jogo único. Isso porque na Europa, onde Jesus fez sua carreira, isso acontece há muitos anos em torneios continentais, enquanto na América do Sul é a primeira vez que isso acontece.
Para o português, essa mudança torna a final de sábado ainda mais especial: "Estou habituado em que as finais sejam em campos neutros, em jogos únicos. É muito mais apaixonante, mais mística, mais interessante. Eu defendo que uma final desta qualidade seja só em um jogo."
O esperado duelo entre Flamengo e River Plate está marcado para este sábado, 17h, no estádio Monumental, em Lima, no Peru.
Fonte: R7
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