O ALTO PREÇO DA PROSPERIDADE A QUALQUER CUSTO | Notícias Tudo Aqui!

O ALTO PREÇO DA PROSPERIDADE A QUALQUER CUSTO

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ColunistaAroldo Vasconcelos

Muitos homens e mulheres, muitas tribos, cidades, nações e governos têm entrado para a história da humanidade. Existem inúmeros registros ao longo da nossa trajetória no planeta. Ricos e pobres, negros e brancos, mulatos, morenos, caucasianos, amarelos e outras raças compõem o colorido da criação de Deus. E nesse meio de nós sempre houve ganância, mentiras, manipulação e a busca de sobrepujar e derrotar outros para que a glória de um pódio efêmero possa ser de alguém.

Nos últimos 70 anos, curiosamente após os desfechos da II guerra mundial, fomos convidados a remontar todos os nossos conceitos e ideologias de relacionamentos culturais, religiosos e financeiros, mas eis que a corrida pelo tal pote de ouro das fábulas ou pelo pódio inseguro das vaidades reina de novo, e de novo.

Petróleo, liderança na corrida espacial, segredos de Estado, alienígenas, pensamentos arianos, supremacia racial, ideologias de direita e de esquerda, fisiologismos, soberania nacional, prosperidade a qualquer preço tomaram novas formas desde 1970 e 1990.

Quando algum de nós analisa a performance econômica das nações vemos que a China é a bola da vez na tal (de novo) disputa e concorrência global. Uma das principais características do desenvolvimento econômico da China nos últimos 30 anos foi o expressivo aumento do comércio exterior. 

No período compreendido entre 1975 e 2010, as suas exportações saltaram de US$ 7,7 bilhões para mais de US$ 1,5 trilhões, ao mesmo tempo em que as importações pularam de US$ 7,9 bilhões para US$ 1,2 trilhões. Parece que aquela estória dos tigres asiáticos que tanto falaram na TV é real; os orientais são mesmo predadores famintos por dominar o comercio do mundo, para você fazer seu registro pessoal: eles estão hoje, em termos de ranking mundial de riqueza, atrás apenas dos resultados dos americanos.

É fato conhecido que o governo chinês pegou de suas pesquisas infindáveis sobre o comércio internacional e sobre o modelo de produção capitalista da Europa e da América aquilo que os interessou e modelaram seu próprio estilo de progresso, aparentemente regrado a poucos escrúpulos e indiferença em relação a vida de seu povo, especialmente no que diz respeito a situações básicas de higiene e manipulação alimentar (sagrado do sagrado).

Várias vezes nos últimos 20 anos têm surgido, exatamente vindas do oriente situações de epidemias e outras mazelas de saúde humana, sendo esse o lugar de onde veio a famigerada pandemia COVID 19. Agora um grave problema de saúde pública mundial, de grau superior que veio espalhar uma sombra negra desde o início do ano. Infelizmente para todos nós, não são pequenos problemas das vilas e tribos locais ou de uma ou outra cidade da China, está no globo.

Com esse cenário desolador, a própria China registrou a primeira contração de sua economia tigresa nessas três décadas de tamanha prosperidade. O Produto Interno Bruto (PIB) do gigante asiático desabou 6,8% no 1º trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado, confirmando os efeitos causados pela pandemia.

Ganhar muito dinheiro para gastar muito dinheiro.  

Bom, as economias do ocidente não são perfeitamente saudáveis sob o ponto de vista moral, em alguns casos; mas é importante que deixemos o destaque de uma coisa muito saudável para as relações de toda a ordem nas sociedades do lado de cá: temos eleições representativas, alternância de poder, democracia e liberdade de expressão, tribunais internacionais entre outras coisas que custaram caras aos nascidos há mais de seis décadas - foram eles que em épocas de luta e diálogo alcançaram essas belas conquistas de direitos e, de deveres descritos em nossas cartas de convivência social, as Constituições.

Ao contrário, a China tem um único partido com mais de dois milhões de afiliados e um establishment pior do que as elites dominantes dos impérios econômicos do lado ocidental.

Eis aqui, a tal questão. A prosperidade econômica e social de um percentual das pirâmides nas diversas sociedades humanas precisa mesmo ser a qualquer preço? Onde dormem a ética, a fraternidade, a solidariedade e a prática necessária do amor ao próximo e da comunhão?

Realmente meus caros, estamos novamente passando por um novo e curioso período de guerra, e que guerra estranha é essa...

Faço aqui outra pergunta ao meu caro leitor, não para desafiar sua inteligência ou seu ânimo, mas para uma pequena reflexão: É realmente sustentável uma sociedade, qualquer que seja ela, onde mais de 80 por cento dos locais sejam relegados a um ambiente de miséria e de subdesenvolvimento para que apenas, extraindo as classes sociais intermediárias, cinco por cento (5%) das pessoas tenha uma vida plena de conforto e facilidades com acesso quase ilimitado a tudo o que os dinheiros podem comprar?

Vamos investir ao menos 60 minutos desse seu dia para pensar, desnudo de hipocrisias e de ignorâncias, podemos todos, recorrer a uma meditação, uma reza ou uma oração pessoal, já que somos herança da cultura judaico-cristã; peçamos ao Deus de todos que envie o Espirito do bem para nos aconselhar e acordar.

Meu Senhor e meu Deus, onde foi que erramos entre a era dos “genghis khan” e essa realidade atual do partido comunista chinês; onde foi que erramos entre as cidades gregas e romanas e a comunidade europeia e mais ainda, onde foi que erramos entre o descobrimento da América e seu funcionamento nessa década de 20 disse terceiro milênio da Era de Cristo?

Possivelmente erramos nessa coisa da competição sempre contrapondo a cooperação, ou nas inúmeras mentiras e manipulações políticas e econômicas onde personalidades humanas carregadas de ego e personalismo sobrepuja o coletivo da vida em comunidades; talvez erramos nas escolhas desses modelos excludentes e temerários para a vida e a saúde humanas, onde Estados não estão cuidando de seu povo e onde empresas e gente próspera finge que tudo está bem. Como se nunca as mazelas e o descaso com as pessoas das bases das pirâmides sociais em todas as nações jamais os afetaria.

Eis aí um outro erro grosseiro dessa classe autointitulada como superior: todos somos humanos, DNA semelhante, fraquezas biológicas iguais, apesar dos pensamentos doentios de supremacia, somos mesmo todos irmãos.

Parece mesmo que já passa da hora de uma grave mudança em nosso modo global de pensar e agir, em nosso comportamento de humanos, com vista a nossa permanência e com possibilidades reais de vida plena para todos e uma possível sustentabilidade pragmática: a cooperação de todos com todos.

Não precisamos passar mais uma ou muitas vezes por guerras ou pandemias, a vida melhor é a vida simples, vivida em nossos locais sagrados de relacionamentos: as famílias, unidades básica de existência desde sempre; afinal, o bom da vida não acontece em lugares virtuais como a TV, o face book ou outras drogas midiáticas assemelhadas; a vida acontece é nas famílias, na escola, no trabalho urbano e rural, artístico e intelectual, operacional ou estratégico, nas empresas ou governos, e sempre com o objetivo nobre da sustentabilidade do gênero e da raça humana, com saúde, paz, prosperidade espiritual e o culto a este lugar de todos, ao nosso paraíso local, a Terra – legado material principal do Criador para as suas criaturas.

Graça e Paz.

Francisco Aroldo, economista

Conselheiro do CORECON-RO


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