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O golpe inicia por uma ligação telefônica
O sentimento de realizar uma “poupança forçada” está fazendo da modalidade do consórcio um martírio a várias pessoas em Rondônia. Apesar de extremamente convidativo, o método aplicado aos desavisados está provocando dor de cabeça e prejuízos incalculáveis a quem embarca na fantasia.
Este é o cenário em que os técnicos do Programa de Orientação, Proteção e Defesa do Consumidor em Rondônia (Procon-RO), o órgão de defesa do consumidor em Ji-Paraná, tem vivenciado nos últimos dias. “Já são quinze pessoas que se envolveram no golpe e efetivaram as reclamações pedindo ajuda”, alerta a gerente regional do Procon local, Luana Stocco.
O golpe inicia por uma ligação telefônica de um representante de uma empresa de multimarcas instalada fora de Rondônia. No telefonema, o agente oferece cota sorteada de veículo novo ou usado com valor abaixo do mercado ou a retirada do prêmio por meio de carta de crédito.
Entusiasmado pela oferta, o cliente se envolve nos argumentos e fecha o negócio transferindo dinheiro para a conta da empresa como forma de pagamento do lance. “Os valores variam muito. Temos caso em que o carro estaria avaliado em R$ 65 mil e foi ofertado e fechado negócio por R$ 50 mil”, detalha Stocco, lamentando “o prejuízo que vai do financeiro ao emocional”.
Ações externas dos técnicos do órgão de defesa do consumidor são acompanhadas por policiais militares |
A prática do golpe é considerada pela defesa do consumidor como publicidade enganosa. A abordagem ilusória induz a pessoa ao erro, já que o consumidor é considerado a parte mais fraca da relação de consumo.
O Procon local já encaminhou as queixas, por meio de processos, ao Ministério Público para abertura de ação civil pública coletiva. A direção do órgão alerta para as pessoas se atentarem às promessas ilusórias na contratação do consórcio.
“O compromisso deve ser assumido somente após a verificação da seriedade e legalidade da empresa no mercado. A certificação é simples e rápida e pode ser feita pela internet mesmo”, sugere Luana Stocco, citando como dica importante “é a confirmação se a empresa tem autorização expedida pelo banco Central para o funcionamento”.
Recorrer ao órgão do consumidor se há reclamação do gênero sobre a administradora de consórcio também é uma ferramenta de consulta viável sobre a empresa.
Em Ji-Paraná o órgão funciona nas dependências do Tudo Aqui, o antigo Shopping Cidadão, das 7h30 às 13h30, de segunda a sexta-feira. Porém, nesse período de pandemia de coronavírus os atendimentos ocorrem de maneira remota por meio do endereço eletrônico jiparana@procon.ro.gov.br e pelo telefone 151 e, também, pelos telefones e aplicativos de whatsApp 99270-4113 e 98431-2986. O Procon/RO está vinculado a Superintendência Estadual de Desenvolvimento Econômico e Infraestrutura (Sedi).
Fonte: Secom
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