TÔ NA PISTA - Desaprendi a flertar. E agora? Você não está sozinho e existe solução!
Chamado de fear of dating again, o medo de voltar a namorar é um sentimento específico trazido pela pandemia que tem assustado muitos solteiros ao redor mundo
São quase dois anos de pandemia, sem festas, baladas e aglomerações para os que ainda se mantêm em isolamento e seguem as regras de distanciamento e segurança. Além de tantos sofrimentos e dificuldades, os solteiros passaram a enfrentar a impossibilidade de conhecer pessoas novas de maneira orgânica. A solidão também se tornou endêmica e os aplicativos de relacionamento assistiram a um aumento vertiginoso no número de usuários. A impossibilidade de contato físico e de encontros pessoais fez, inclusive, com que muitas pessoas, antes avessas aos métodos on-line, se rendessem ao contato virtual.
O aplicativo Happn, por exemplo, registrou um aumento de 19% em novos registros, cerca de 3,6 milhões de novos usuários — no Brasil, atualmente, são mais de 16 milhões. Segundo pesquisa divulgada pela plataforma, 2020 foi o ano mais “agitado da história do Tinder”. O aplicativo de namoro teve um aumento de 42% de matches — quando dois usuários demonstram interesse mútuo e iniciam um bate-papo. Em março de 2020, os swipes, ato de arrastar para o lado para manifestar interesse em outro usuário, bateram o recorde de 3 bilhões em um único dia.
Michael Illas, country manager do Happn para o Brasil, acredita que os aplicativos tiveram um papel essencial na manutenção da saúde mental das pessoas durante a pandemia, principalmente dos solteiros. “Temos as relações interpessoais em nossa essência. Precisamos nos relacionar com outras pessoas para viver e sobreviver. Por meio dos aplicativos, podemos nos conectar com outras pessoas, conhecer outras histórias, criar laços, nos divertir, relaxar.
O Happn, assim como o Tinder e outros apps também se adaptaram e passaram a oferecer outros recursos para o usuário, como chamadas de vídeos. O Tinder criou até mesmo uma aba com locais de vacinação para incentivar e ajudar os usuários.
Porém, apesar da alta atividade na paquera on-line, muitos jovens estão sendo assolados pelo medo de namorar de novo. O termo em inglês, fear of dating again (ou medo de se relacionar de novo, em livre tradução), foi usado pelo diretor de relacionamentos do app europeu Hinge e define o mix de sentimentos envolvidos na volta ao mundo dos namoros.
Pesquisa feita pelo Happn sobre os hábitos pós-pandemia mostra que retornar à normalidade pode ser um problema. Um total de 75% dos entrevistados pensam ter perdido o hábito de namorar, enquanto 32% dos solteiros disseram ter medo de voltar a ter intimidade com alguém e 76% se sentem estressados antes de um encontro.
São muitos os medos que podem surgir, desde o receio pela contaminação enquanto a pandemia não está controlada, até a antecipação de problemas futuros. “Quando pudermos sair, uso ou não máscaras? Devemos dar as mãos? E nos beijar?”.
Com o avanço da vacinação no Brasil, inclusive entre os jovens, o momento tão esperado de uma volta à vida minimamente “normal” fica cada vez mais próximo e a expectativa se une à ansiedade sobre como agir e se comportar.
Só vacinado!
O universitário e servidor público Honorato Neto, 25 anos, conta que o início da pandemia foi um baque na sua vida amorosa. Um pouco antes do isolamento, ele estava em processo de aprender a flertar e se abrir mais para conhecer pessoas. “Nunca fui muito de flertar, estava começando a desenvolver esse lado meu, e tudo parou. Acho que o pouco que eu tinha aprendido, já desaprendi”, brinca.
Tímido, Honorato Neto diz que nunca foi muito bom de flerte e, depois da pandemia, acredita que desaprendeu de vez a paquerar
Antes da pandemia, Honorato estava em uma rotina de encontros e de conhecer pessoas novas, mas se fechou completamente para possibilidades românticas durante o isolamento social. O servidor se absteve até mesmo de qualquer paquera on-line e resolveu não aproveitar os aplicativos.
Os poucos avanços virtuais a que o jovem se permitiu não deram resultados e, depois de algumas frustrações, ele resolveu ficar em paz, pausando esse aspecto da vida, ao menos até a segunda dose da vacina. “As poucas pessoas com quem puxei assunto on-line queriam se encontrar pessoalmente e, além do medo de me contaminar, eu não achava correto furar o isolamento para encontrar alguém que eu também não tinha certeza sobre como estava se cuidando”, explica.
Honorato chegou a se envolver com um rapaz que já conhecia. Depois de algumas conversas virtuais, criou coragem para um encontro seguro. Mas a história não se desenvolveu. “Ele queria ir para barzinhos, lugares com outras pessoas, e eu não ia fazer isso. Estava supercauteloso e não me sentiria à vontade. Ficou uma rotina meio chata e não deu certo”, conta.
Depois disso, o universitário decidiu que o melhor era esperar. Tomou a primeira dose da vacina em maio e está ansioso pela segunda. “Ainda estou inseguro, sei que não estou totalmente protegido. Talvez quando eu tomar a segunda dose, crie coragem para conhecer alguém on-line e ir para um date em um espaço mais vazio e aberto”.
Sem pressão
Apesar do medo de não saber mais flertar, ele acredita que, quando as pessoas, finalmente, puderem voltar a ter encontros de maneira segura, a pressão será um pouco menor. Com a ânsia de se reconectar, o jovem acredita que tudo será um pouco mais leve com as pessoas mais abertas e sinceras.
O servidor mora com uma amiga e, depois de alguns meses de solidão compartilhada, os dois elegeram um pequeno grupo de amigos próximos, também isolados, que se encontraram algumas vezes. “Foi a nossa rede de apoio. Muitos de nós tiveram perdas significativas nesta pandemia, e ter amigos que se cuidavam e tinham os mesmos valores foi fundamental para a saúde mental.”
Os critérios para eleger um candidato a namorado também sofreram mudanças com a pandemia. Com negacionistas, ele nem começa a conversa, e tem que ser alguém que reconheça o valor das vacinas e tenha consciência de que a vacinação é um pacto coletivo e não algo individual. Honorato não pretende se relacionar com alguém que não tenha empatia e cuidado com o próximo. “Além disso, vou com a cabeça aberta e sem medo. Já ficamos muito tempo presos e paralisados, quando pudermos sair, precisamos valorizar”, completa.
Ciclo completo
A professora de inglês Aline Lima Nogarolli, 27 anos, pode dizer que passou por quase todas as fases de uma vida amorosa durante o isolamento. No início da pandemia, em 2020, ela terminou um relacionamento de seis anos, viveu a vida de solteira apostando em aplicativos e começou um novo namoro, no início de 2021.
Aline conheceu Matt por meio de um aplicativo de relacionamentos e iniciaram o namoro: em fase de adaptação
Para ela, o processo de voltar a ser solteira, que já seria difícil, se tornou quase impossível com o isolamento social. “Eu já estava meio defasada com relação a isso tudo de flertar e conhecer pessoas novas e ainda fiquei totalmente impedida de viver isso de maneira natural.”
Depois de alguns meses, a solidão ficou um pouco mais complicada. Muito assustada com a pandemia, em casa, sozinha e “olhando para as paredes”, a professora sentia falta de ter alguém com quem conversar e compartilhar pequenas coisas do dia a dia. Resolveu, então, fazer um perfil em aplicativos de encontro.
Insegura, ela não tinha muita experiência em conhecer pessoas novas, ainda mais on-line. Apesar de uma timidez inicial, Aline conta que a cada conversa ela ia experimentando e melhorando as habilidades de flerte.
Mais confiante e aberta, chegou a ter algumas conversas interessantes, mas nenhuma que se mantivesse firme apenas no virtual e sem a perspectiva de um encontro presencial. Com o desejo de se sentir conectada a alguém, continuou se aventurando e “passando para o lado” no Tinder até encontrar alguém com quem a conversa se desenvolveu bem.
Do virtual ao real
Depois de um tempo on-line e se certificando de que o pretendente também estava sendo cuidadoso e respeitando o isolamento, Aline criou coragem e encontrou Matt Harris, 49 anos, em janeiro deste ano, depois de três semanas de flerte virtual, e, desde então, estão juntos. No início, os encontros do casal se resumiam a filmes em casa e pedidos pelo delivery, mas, depois de vacinados, criaram coragem para ir a alguns restaurantes sem aglomeração.
Encontros ao ar livre, em parques, também são uma das opções de Aline e Matt, que, quando estão em casa, também curtem montar quebra-cabeças juntos. “Nós nos revezamos entre as nossas casas e estamos nos adaptando.”
Na rua, no mercado, na farmácia
A empreendedora Bárbara Lucatelli, 30, assim como Aline Lima Nogarolli, viu-se entrando na vida de solteira em meio à pandemia. Ela e o namorado moravam juntos havia cinco anos e, em março deste ano, o relacionamento chegou ao fim. Bárbara acredita que passar 24 horas juntos foi um dos pontos que dificultou a relação e contribuiu para o término. “Não tínhamos nenhum momento de respiro, um tempo sozinhos, e os problemas estavam sempre ali”, lembra.
O processo foi complicado, pois, além de terminar o relacionamento, ela perdeu a única companhia e contato físico que tinha no isolamento. “Eu gosto muito de contato humano e não abraço nem a minha mãe desde que tudo isso começou. Além do lado amoroso, perdi também esse suporte”.
Pouco tecnológica, Bárbara nunca teve aplicativo de encontro. Para ela, passar a ver os amigos por meio de reuniões do Zoom já foi novidade suficiente, e ela não cogitou criar perfis de namoro. Recorrendo aos amigos solteiros para desabafar e pedir dicas de como voltar a se relacionar e saber como eles estavam agindo, descobriu que o próprio Instagram era uma das alternativas para a paquera.
“Cheguei a pensar nisso, em como funcionaria. Porque eu não tinha um Instagram muito cheio de conteúdos e fotos. Mas, no fim, acabei não fazendo nada, não gosto muito de me expor na internet e, para ter algum resultado, precisaria me expor um pouco mais”.
A empreendedora, portanto, acabou ficando mais “na dela”. De vez em quando, rolavam algumas conversas com conhecidos ou pessoas com quem ela já tinha tido algum tipo de relação, mas Bárbara não queria correr riscos por não saber o nível de isolamento que essas pessoas estavam mantendo.
Depois de algumas semanas de solidão, vivendo somente com sua gata, Bárbara foi convidada por uma vizinha e amiga para passar uns dias na Chapada. “Eu já estava muito solitária e, como lá tudo é mais aberto e essa amiga também estava se cuidando bastante, resolvi ir.”
De máscara e andando na rua da cidade enquanto fazia compras de mantimentos, Bárbara reencontrou um amigo com quem tinha se relacionado aos 20 anos. Morador da Chapada e de máscara, o pretendente de Bárbara a convidou para ir até a casa dele.
Para ela, o fato de ter encontrado o antigo paquera de máscara, sem estar em nenhum tipo de aglomeração ou festa e ter sido convidada para um ambiente seguro e não para um bar, foram pontos fundamentais para que ela aceitasse. No meio da conversa, ela descobriu que ele tinha posicionamentos semelhantes ao dela quanto à pandemia, e o romance reacendeu.
Bárbara acabou dando uma virada na própria vida, comprou um terreno e se mudou para a Chapada, lugar onde sempre teve vontade de morar. No meio da natureza, o casal consegue visitar cachoeiras vazias e fazer trilhas. Os outros encontros são dentro de casa, nada de restaurantes ou aglomerações.
Refletindo sobre namorar, ser solteira e voltar a se relacionar durante a pandemia, a empreendedora comenta que sempre foi de conhecer as pessoas de forma orgânica, amigos de amigos, em festas, bares e passeios. Ela acredita que a juventude já vivia um processo romântico cada vez menos de contato, sempre por aplicativos e pré-aprovando os candidatos, e que a pandemia intensificou o processo.
A jovem espera que, com o fim da pandemia, as pessoas voltem a valorizar os encontros reais e inesperados. “Percebo que as pessoas estão buscando coisas mais verdadeiras, sendo mais sinceras e se jogando mesmo. Espero que, quando pudermos sair, as pessoas olhem mais para os lados e menos para as telas.”
Ela brinca que, se não tivesse reencontrado um romance do passado, acabaria se apaixonando no supermercado. “As pessoas estão se relacionando da maneira que conseguem. Como não sou fã do on-line, era provável que me apaixonasse no mercado ou na fila da farmácia”.
Assim como Honorato Neto, ela garante que não se enxerga mais se relacionando, nem como amiga, com pessoas que não compartilharam seus valores durante a pandemia. Para ela, além de ser uma questão de empatia, pensamento coletivo e cuidado com o próximo, a vacina e as medidas de segurança se tornaram atos políticos. “É um critério para mim. Não vou me relacionar com quem não tem cuidado com o próximo ou que tem um discurso lindo, mas vai para a balada escondido. Jamais me sentiria bem colocando os outros em risco, e não quero pessoas que não ligam ao meu redor.”
De volta ao namoro
A psicóloga Marina Antonucci conta que o tema sobre como voltar a se relacionar tem sido cada vez mais recorrente em seus atendimentos clínicos e separou algumas dicas que podem ajudar quem está sofrendo com o “fear of dating again”. Confira:
Invista no autoconhecimento
Desde o início da pandemia, frustração e insegurança foram duas palavras que nos acompanharam. Naturalmente, são dois sentimentos que têm muito a ver com o ato de se arriscar em um encontro e que ficaram exacerbados. Pergunte-se: Quais as minhas maiores inseguranças? Qual seria o pior cenário para mim? Quais as frustrações que mais me amedrontam? Nas dinâmicas relacionais, o autoconhecimento é sempre bem-vindo e, agora, não seria diferente. Perceba seu medo. Se necessário, procure ajuda profissional! O que você sente não é besteira.
Compreenda a relação que você tem com a pandemia (ela ainda existe)
Não tem problema mudar o lugar do encontro para um em que você se sinta mais à vontade e mais seguro. Muito pelo contrário, é necessário! Priorize os lugares que te façam se sentir bem em relação às condições sanitárias.
Abaixe o volume das expectativas
As expectativas podem ser uma grande armadilha. Essa tentativa de voltar às condições “normais” de vida pode nos deixar ansiosos para ter resultados rápidos. Por mais que não tenhamos relações há um bom tempo, elas continuam as mesmas: demandando construção, disponibilidade afetiva, confiança! E isso não aparece do dia para a noite. Respeite-se e saiba que desacelerar pode ser um cuidado com a sua saúde emocional.
Autocuidado
Invista em práticas que não aumentem a ansiedade antes de ir ao encontro. Pode ser qualquer coisa que te ajude, uma conversa com um amigo, uma caminhada ou corrida, cantar e dançar ao som de uma música alta. Só não alimente a ansiedade, ela não vai ajudar! E lembre-se: é impossível eliminá-la. Nosso objetivo é o manejo.
Deixe ser menos sobre você
Se há uma enorme preocupação em impressionar, em perceber sinais da outra pessoa, em tentar entender se está indo tudo bem, nós deixamos de prestar atenção no outro. É claro que nós queremos ser interessantes, mas uma maneira efetiva de fazer isso é sermos interessados. Pergunte da vida da outra pessoa, seja curioso! Assim, seus pensamentos serão menos sobre as suposições em relação ao que o outro está sentindo ou pensando e mais sobre o que está acontecendo. E você vai ter sempre sobre o que conversar.
Você não está sozinho
Se lhe acalmar, converse com seus amigos sobre estas apreensões, provavelmente você vai encontrar alguém que está passando pela mesma coisa que você!
Divirta-se!
Lembre que o objetivo, no final, deve ser sempre este!
Oito tendências para o mundo dos dates pós-pandemia
1 - As pessoas serão mais honestas e autênticas — A pandemia ajudou muitos a colocarem as coisas em perspectiva. Isso levou os membros do Tinder a serem mais verdadeiros e vulneráveis sobre quem são, sua aparência e o que estão passando. As menções a ansiedade na biografia aumentaram durante a pandemia, crescendo 31%.
2 - Os limites serão mais claros — A pandemia trouxe mais discussões sobre limites pessoais. Os membros do Tinder usaram suas biografias para deixar suas expectativas claras. A frase “usar máscara” aumentou 100 vezes durante o curso da pandemia, “limites” teve um aumento de 19% e o termo “consentimento” aumentou 11%. O estudo “YPulse’s Dating in a Post-COVID World” também encontrou sinais dessas discussões, ao mostrar que 17% dos entrevistados “conversaram sobre precauções de segurança antes de se encontrarem” e 16% “pediram consentimento para tocar fisicamente o outro”. Essa prática tornará as conversas sobre limites mais comuns e confortáveis no futuro.
3 - Acontecer naturalmente — Em um mundo incerto, quem estava procurando por alguma conexão, deixava claro que estava com as expectativas baixas. Em uma pesquisa recente com membros do Tinder, o número de encontros entre pessoas que procuram “nenhum tipo específico de relacionamento” aumentou quase 50%. Portanto, em vez de a pandemia levar ao desejo de casamento, a próxima geração buscará relacionamentos abertos a diversas possibilidades.
4 - Encontros digitais continuarão sendo uma realidade — Entre os membros da Geração Z — 50% dos usuários dos Tinder —, 40% garantem que continuarão tendo encontros on-line, mesmo após a reabertura de tudo. Como o contato pessoal tornou-se arriscado, as pessoas se voltaram para experiências virtuais para se conectar com os outros. Durante a pandemia, metade dos membros da Geração Z do Tinder conversou por vídeo com um match e um terço estava fazendo mais atividades virtuais compartilhadas. Em vez de sair, era mais provável que as pessoas se encontrassem por meio do Tinder, depois fossem a um encontro no Animal Crossing, game que permite jogar de forma compartilhada, ou jantasse junto via Zoom, pedindo comida pelos apps de delivery.
5 - Os primeiros dates serão mais voltados a experiências do que a “quebrar o gelo” — No ano passado, com as conversas no Tinder subindo 19% e os números de dates por vídeo aumentando, as pessoas procuraram conhecer o outro digitalmente antes de se encontrarem pessoalmente. Segundo o Ypulse, 20% tinham um pré-encontro virtual antes. Na hora de se ver, as pessoas escolheram atividades criativas, pessoais e casuais. Por exemplo, o Tinder viu um aumento de três vezes nas menções de “fazer trilha”. A tendência de primeiro encontro baseado em atividades que evitam conversa fiada moldará a próxima década.
6 - Pequenos contatos físicos têm grande impacto — A falta que o toque físico fez em 2020 também começou a aparecer no Tinder. Os membros do app estão usando suas biografias para buscar afeto, como segurar as mãos, abraçar ou encontrar alguém para fazer um cafuné — o uso da palavra abraço cresceu 23%, e “segurar as mãos”, 22%. Todos passaram a valorizar muito mais os pequenos toques de afeto.
7 - Pessoas buscam quem está mais perto fisicamente — Para muitos membros do Tinder, 2020 veio com uma mudança causada pelo coronavírus. Enquanto alguns foram para novas cidades, outros foram morar com a família. De acordo com o PEW Research Center, 52% dos jovens adultos viviam com um dos pais em julho, a maior taxa em décadas. Logo depois que se mudaram, eles vieram para o Tinder para conhecer pessoas em sua nova cidade. A geolocalização ou a capacidade de encontrar alguém por perto foi altamente relevante para o boom da movimentação na pandemia.
8 - Uma avalanche de amor reprimido pode vir aí — Em outubro de 2020, mais de 40% dos membros do Tinder com menos de 30 anos não tinham encontrado alguém pessoalmente. Mas, de acordo com as bios do Tinder, ao menos nos EUA, isso pode estar mudando. Go on a date (vá a um encontro, em livre tradução) atingiu um recorde histórico nas descrições do país, em fevereiro de 2021. Enquanto as pessoas diminuíram o namoro pessoalmente em 2020 (54% dos solteiros compartilharam com YPulse que a “covid-19 atrasou significativamente minha vida amorosa”), eles estão prontos para começar a sair mais, assim que tomarem as vacinas. Quase um terço disse à YPulse que deve tomar a vacina antes de se sentir confortável para namorar pessoalmente. O Tinder viu um grande aumento nas menções de “vacina” (até oito vezes) e “anticorpos”.
Fonte: pesquisa feita com usuários do Tinder
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