Então, é Natal... Ah! O Natal... - Reflexão - por Arimar Souza de Sá | Notícias Tudo Aqui!

Então, é Natal... Ah! O Natal... - Reflexão - por Arimar Souza de Sá

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ColunistaArimar Souza de Sá

Que Deus plante em cada um de nossos corações a sementeira do Amor universal e nos faça imensos de grandeza humana e atitudes...

Ah! O Natal...

Quando está chegando o natal abro as janelas do meu coração, o portão principal, e me deixo invadir pelo sentimento do Amor de Cristo.

Aí, como que por encanto, opera-se a consagração dos tempos de criança: a algazarra dos irmãos, o pisca-pisca da árvore na sala, a expectativa do carneiro assado no forno, para servir à meia noite, a farofa, as frutas na mesa da ceia, a meia noite comprida, o badalar do sino da igreja chamando para a missa do galo, o “olhar” divino de minha mãe, pondo ordem na algazarra, e a sensação imensa de também estar nascendo com Cristo.

E nesta Noite Feliz, quando o menino Deus estiver nascendo, façamos uma oração, um minuto de silêncio, para lembrar dos nossos entes queridos que hoje navegam na nau que demanda a Deus – e que bem que poderiam estar aqui, participando da festa, mas se foram mais cedo...Que pena!

Então, sai de mim todo o mal recolhido na convivência humana, nas agruras recolhidas do cotidiano brutal, onde se peita a vida com lágrimas, suor e sangue, nos vestígios de crueldade que ainda cercam o mundo, ou nas tragédias da natureza e naquelas engendradas e executadas pelo próprio homem. Nesse caso, sou, então, uma espécie de passageiro do tempo, trazendo dos contrafortes do mundo a imagem de Cristo, e ressuscito-me também.

Olho para trás, viajo no trajeto da vida e me simbolizo como um trovador, gerando versos para o meu próprio mundo.

Versos de construção, de força e de perdão. A minha inspiração vem na travessia de grandes pontes: de criança para juventude, da juventude para um ser adulto, das matinês, da primeira namorada, do primeiro dia de ingresso na escola, da professora que eu mais gostava, tudo coloco no embornal da existência para sentir-me humanidade, pura gratidão, onde Cristo é a legenda maior da minha vida.

Então, é Natal...

Oh! Cristo, meu Divino Amor, meu refúgio de esperança, como é lindo o Dia de Natal, como é gostoso festejar a data do teu nascimento, como é imperativo lembrar que só o amor edifica. O ideal seria que tu nascesses todo dia, para o bem da humanidade.

A graça que deflui do Natal é tão poderosa que atinge até aqueles empedernidos de coração, e eles se quedam inertes diante do altar do amor.

É um dia tão singular, que até o homem que não tem teto projeta a sua imagem para o infinito, para também sentir-se Cristo, e perceber que a grande morada é o céu, e não o inferno em que vive. Melhor sair.

Por isso, é Natal. O dia é de confraternização, de dar e receber presentes.

É tempo consagrado também ao Papai Noel, o “bom velhinho”, que há muito tempo povoa o imaginário das crianças, trazendo o presente prometido e uma espécie de elo invisível entre Deus e os homens.

O sentimento pelo nascer de Jesus é tão forte, que se Deus me permitisse pedir, eu pediria: que não morresse nenhuma pessoa neste dia, que nascessem muitas crianças, para florir esperanças, e que o céu abrisse o novo dia com as cores do arco-íris, para quando a noite chegar envolver num só abraço todas as pessoas da Terra, negras, brancas, amarelas, em um salve Cristo para acordar o mundo.

Por isso, é Natal.

E nele, Senhor meu Pai, que se consagre então como o dia sem guerra, sem violência, sem dores, sem os horrores da fome, do câncer, das drogas, da cegueira humana – a visual – e aquela outra, a espiritual, que projeta as incertezas nos caminhos da deletéria visão dos incautos “poderosos” sobre os mais fracos.

E como é Natal...

Neste dia, convido os meus amigos, os meus ouvintes e internautas do RONDONOTICIAS, as vozes do meu passado, que marcaram tanto minha existência, os pássaros nos campos, a luz que se espraia no amanhecer, a pedir a Jesus que reúna os homens numa assembleia de amor, nunca de dor, e nessa simbiose de natureza e homens, possamos encontrar a paz que todos almejamos.

Sem ruídos ou tempestades de palavras, especificamente neste Natal, façamos um silêncio, principalmente entre os adultos, e diante de Deus roguemos pela paz, que ela retorne ao berço desse país continental, onde não haja direita ou esquerda, Lula ou Bolsonaro, mas apenas brasileiros vivendo em só país, unidos pelo entusiasmo de estar construindo a Nação que todos nós almejamos.

Neste Natal, que as bandeiras fincadas em Rondônia pelos destemidos pioneiros, nestas paragens do poente, sejam um símbolo de União, e que possamos, no alvorecer do Ano Novo, reforçar, com esforço e amor, nossa inquebrantável fé no Cristo Jesus, em busca do diamante que tanto esperamos: a tal felicidade.

Enfim, que Deus plante em cada um de nossos corações a sementeira do Amor universal e nos faça imensos de grandeza humana e atitudes.

FELIZ NATAL!

Amém!

O autor é jornalista, advogado e apresentador do Programa A VOZ DO POVO, Caiari, 103,1.


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