SUPER-MÃES - A dupla jornada das mães atletas para vencer desafios | Notícias Tudo Aqui!

SUPER-MÃES - A dupla jornada das mães atletas para vencer desafios

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Confira três histórias de amor ao esporte e à família, com dedicação em busca da realização de sonhos nas pistas, nas águas e nos campos

 

Os sentimentos de superação, paixão e conquista fazem parte do cotidiano de uma esportista de alto rendimento, mas também podem definir o cotidiano da mulher que opta pela maternidade. As duas realidades combinadas costumam ser o grande desafio das mães-atletas, que continuam a se dedicar em nível máximo, sem deixar de lado as responsabilidades do dia a dia com os filhos. Neste domingo (9), em que se celebra o Dia das Mães, a Secretaria de Esporte e Lazer (SEL) apresenta três histórias inspiradoras.

Tal mãe, tal filho

A primeira brasileira a ganhar uma medalha internacional na marcha atlética, Gianetti Oliveira de Sena Bonfim, a Gia, fez história na modalidade com uma série de triunfos, entre 1996 e 2004, e despertou no filho mais novo, Caio Bonfim, a vontade de seguir os passos da mãe no esporte. Não deu outra: campeão mais de 30 vezes na marcha atlética, entre títulos nacionais e internacionais. Ele parte, no próximo mês, para a sua terceira participação em Jogos Olímpicos.

“Não foi nada fácil combinar as duas carreiras – a de treinar e a ser atleta e a de cuidar dos filhos e da casa. Foram os sonhos que realizei, de ser mãe, atleta e advogada. Claro que a gente não realiza nada sozinha, tive ajuda do meu marido e da minha secretária, que trabalhou comigo por 22 anos, desde quando eu estava grávida do Caio. Houve ajuda, também, da minha família, dos meus irmãos e do meu pai”, explica Gia, que ainda conseguiu encontrar tempo para atuar na área de direito. E Caio tem um irmão mais velho.

Para Gianetti, marchar em família é muito mais gratificante. Nessa missão, há ainda a destacada a participação do marido e treinador, João Evangelista de Sena Bonfim. Todos fazem parte do Centro de Atletismo de Sobradinho (Caso), em Sobradinho, que tem o intuito de capacitar e treinar crianças, jovens e adultos a se tornar atletas de alto rendimento. Retornando de uma viagem internacional, acompanhando o filho atleta, Gia vai conseguir reunir a família no domingo. “Vamos estar todos juntos em casa, sempre é gostoso, embora todos os dias seja o Dia das Mães”, define.

“Eu tinha que ser forte porque o meu filho precisava de mim com saúde para estar com ele. Minha força maior veio dele, pois queria vê-lo crescer e se tornar um homem realizado. Ele só tinha a mim naquele momento e eu teria que ajudá-lo também a superar essa fase. Quando mudamos para Brasília, estávamos em uma cidade onde não conhecia quase ninguém”Ana Paula Gonçalves Marques, a Ana Gaúcha, paratleta

Mudanças

Para a paratleta Ana Paula Gonçalves Marques, 38 anos, os maiores desafios de sua vida se apresentaram quando seu único filho, André Júnior, completou três anos, e eles ainda moravam em Porto Alegre (RS). Ela sofreu uma tentativa de homicídio, o que a deixou paraplégica, e precisou se adaptar à nova realidade. Em reabilitação no Hospital Sarah Kubitschek, passou uma temporada em Brasília, descobrindo, na cidade, o esporte paralímpico.

“Eu tinha que ser forte porque o meu filho precisava de mim com saúde para estar com ele. Minha força maior veio dele, pois queria vê-lo crescer e se tornar um homem realizado. Ele só tinha a mim naquele momento e eu teria que ajudá-lo também a superar essa fase. Ele sentiu comigo todas as minhas dores. Quando mudamos para Brasília, estávamos em uma cidade onde não conhecia quase ninguém. Só tínhamos um ao outro”, relembra a paratleta Ana Gaúcha, como assina nas redes sociais.

Após passar por diversas modalidades, Ana se encontrou na vela adaptada, onde conquistou o Mundial em 2018, e no halterofilismo, levando o terceiro lugar no ranking brasileiro do mesmo ano. Após uma adaptação difícil nos primeiros anos, André Júnior completou em abril 22 anos e divide o seu tempo entre conversas com a mãe e encontro com amigos. A programação para o Dia das Mães continua indefinida por causa da pandemia. “Vamos ver se pedimos comida em casa ou damos uma volta no parque”, avalia ela, que já viajou pelo Compete Brasília e recebeu o Bolsa Atleta. Ambos programas são geridos pela SEL.

”A vida de atleta é um constante desafio, mas foi por meio dela que consegui muitas coisas”Luciana Leite Santos Bueno, jogadora de futebol

Entre o campo e a maternidade

Já Luciana Leite Santos Bueno, 32 anos, viu seu mundo mudar após a gestação de Ana Luísa, hoje com 10 anos. Antes da gravidez, ela gostava de jogar bola e tinha atuado em clubes como o Cresspom. Quando engravidou, decidiu dar um fim à carreira de esportista. “Não queria mais saber de futebol. Até que meu sogro me incentivou a voltar ao campo, pelo time de Santa Maria, cidade onde moramos. Não queria mais jogar na época por conta da minha filha”, diz a volante.

De volta ao esporte, ela se entregou novamente à paixão futebolística e teve que conciliar a maternidade com o trabalho dentro de campo. “A vida de atleta é um constante desafio, mas foi por meio dela que consegui muitas coisas. Hoje, não imagino nem eu nem ela sem essa rotina diária”, completa a jovem que defende o Real Brasília desde 2019 e, com o grupo, sagrou-se campeã candanga, levando o time ao Acesso A2 do Brasileirão e, com o bicampeonato no ano seguinte, ao acesso A1.

Atualmente, Luciana Leite segue uma rotina disciplinada de fisioterapia e academia para a recuperação do joelho direito, após rompimento parcial do ligamento durante uma partida, o que a fez passar por uma cirurgia recentemente. A expectativa é voltar aos treinamentos com força no próximo mês e, em breve, retornar ao trabalho de alta performance, onde viajava o país, sempre acompanhada da filha. Antes disso, o Dia das Mães da jogadora será marcado por um encontro de gerações: de avó, mãe e filha.

*Com informações da Secretaria de Esporte e Lazer


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