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Relações do Estado, a livre iniciativa e as empresas

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ColunistaColuna do Simpi

“A situação do Brasil é dramática, sobretudo para as pequenas e médias
empresas”, afirma Walfrido Jorge Warde Junior, presidente do Instituto
para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE). Quem
sobrevive a um ano de pandemia, lockdown e falta de incentivo
governamental? Warde acredita que o cenário favorece apenas as grandes
corporações. “Sem muita concorrência, aumentam seu poder de mercado e
sua aproximação com o Estado, com o risco de estabelecer uma relação
de domínio, visto que ela passa a ser provedora de produtos, serviços,
postos de trabalho e ainda pode regular a demanda de consumo” alerta.

Warde avalia que a saída de multinacionais do Brasil é preocupante,
mas previsível. “O nível de compromisso para continuidade de empresas
no país é baixo e, à medida em que diminui o mercado consumidor em
consequência da perda do poder aquisitivo, não faz sentido se manter
aqui, pois a finalidade dessas empresas é gerar lucro”, explica. Ele
ressalta ainda a grave crise sanitária no Brasil, ultrapassando 400
mil mortes. “Não temos um projeto para sair da crise. Não conseguimos
executar bem o lockdown, nem o distanciamento social e não estamos
protegendo as pessoas”, lamenta. Para ele, talvez estejamos próximos
de uma curva decrescente de contágio e de morte, mas será uma chaga de
natureza sanitária e econômica que não esqueceremos.

Quanto ao cenário político futuro, Warde prevê eleições polarizadas
entre o presidente Bolsonaro e Lula, agora elegível. “Por outro lado,
se houver um desgaste acentuado do presidente até lá, poderemos ter um
candidato do centro no segundo turno com Lula”, cogita. Em relação à
reforma tributária, diz que falta consenso e uma proposta que
proporcione distribuição de renda, alíquota progressiva e que, de
fato, tire o ônus dos assalariados de sustentar o Brasil.

Assista: https://youtu.be/suDbbumewYc

Bolsonaro traz mais  R$ 5 bi para micro e pequenas empresas

Presidente da República, Jair Bolsonaro, encaminhou ao Senado Federal
mensagem para a apreciação da operação de crédito externo, a ser
contratada entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com
garantia da República Federativa do Brasil, no valor de até 750
milhões de dólares. Os recursos serão destinados ao Programa Global de
Crédito Emergencial BID-BNDES de Financiamento às MPMEs (micro,
pequenas e médias empresas) para a Defesa do Setor Produtivo e o
Emprego.

O objetivo do programa é apoiar a sustentabilidade financeira das
MPMEs e a sobrevivência dessas empresas no contexto atual, diante dos
desafios impostos pela crise econômica provocada pela Covid-19,
sobretudo quanto à manutenção da produção, distribuição e consumo de
bens e serviços, assim como do emprego e da geração de caixa
necessária para a continuidade do negócio.

A soma de 750 milhões de dólares do BID implica um aporte de 150
milhões de dólares por parte do BNDES para o mesmo programa, elevando
o volume de recursos destinados às MPMEs a 900 milhões de dólares (uma
quantia próxima de 5 bilhões de reais).

Reflexos dos custos de produção na economia

O Índice Geral de Preços de Mercado (IGPM), calculado pela Fundação
Getúlio Vargas, apresentou uma variação de 32%, de maio do ano passado
até abril deste ano. Segundo o economista Otto Nogami, isto aconteceu
porque o IGPM é composto por três indicadores, que medem: a variação
de preços da estrutura de consumo das famílias, a variação de preços
na construção civil e, o mais representativo deles, a variação de
preços na indústria. “O índice que mede a variação de preços na
indústria acompanha oscilação das matérias-primas brutas,
principalmente combustíveis, que foram afetados diretamente pela forte
desvalorização do Real. Em consequência, o segmento de logística foi
atingido e, por estar presente em todos os setores, justifica o
encarecimento dos preços finais ao consumidor”, explica.

Retomada, ainda que tímida

“Muitas empresas sofreram queda no faturamento de março a maio do ano
passado. Algumas, entretanto, já estão conseguiram reverter a situação
mudando a estratégia de negócios, seja por meio do comércio
eletrônico, delivery ou investindo em tecnologia”, afirma Marcos
Travassos, CEO da Money Money Invest, uma fintec que faz operações de
crédito para pequenas e médias empresas. Segundo ele, no primeiro
trimestre de 2021, apesar da segunda onda de covid-19, há empresas
crescendo e procurando linhas de crédito para custear contratações,
equipamentos e até expansões.

A força do esporte eletrônico

O mercado de esporte eletrônico começa a ser visto com maturidade por
industriais e empresários, segundo Daniel Cossi, presidente da
Confederação Brasileira do Desporto Eletrônico (CBDEL). Para ele,
houve amadurecimento no entendimento do papel desse segmento como
ferramenta de informação e inclusão, tornando o mercado atrativo para
nichos focados num engajamento diferente: marcas, produtos e serviços
relacionados à educação e novos negócios com interesse em transmitir
valores e não apenas para ações promocionais.


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