INTERLOCUTOR NEUTRO - Zelensky pede que papa atue como mediador em conflito com russos

Presidente da Ucrânia conversou por telefone com o líder da Igreja Católica nesta terça-feira, 22

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, conversou nesta terça-feira, 22, com o papa Francisco. No diálogo, por telefone, o político pediu que o líder da Igreja Católica atue como mediador no conflito com a Rússia.

“Falei com Sua Santidade sobre a difícil situação humanitária e o bloqueio dos corredores de resgate pelas tropas russas”, disse Zelensky, em sua conta no Twitter. “O papel de mediador do papa para acabar com o sofrimento humano seria apreciado.”

Talked to @Pontifex. Told His Holiness about the difficult humanitarian situation and the blocking of rescue corridors by Russian troops. The mediating role of the Holy See in ending human suffering would be appreciated. Thanked for the prayers for Ukraine and peace. pic.twitter.com/wj4hmrTRGd

— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) March 22, 2022

No último fim de semana, o papa Francisco havia usado sua conta no Twitter para se pronunciar a respeito da invasão da Ucrânia.

“A agressão violenta contra a Ucrânia não para, um massacre sem sentido, em que todos os dias se repetem chacinas e atrocidades”, afirmou o líder da Igreja Católica. “Não há justificativa para isso. Peço à comunidade internacional que se comprometa verdadeiramente com o fim desta guerra abominável.”

Recentemente, o Cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, informou à imprensa italiana que encontrou com Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia. A sugestão do papel de mediador do papa esteve em pauta nesta sessão, mas a Rússia ainda não deu sinais de que aceita essa alternativa.

Esta não foi a primeira tentativa de envolver o líder religioso nos esforços diplomáticos sobre o conflito. Em uma carta de 8 de março, o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, convidou o argentino para visitar a capital ucraniana, afirmando que a presença de “líderes religiosos mundiais seria crucial para salvar vidas humanas e abrir caminho para a paz”.

(revistaoeste)