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AUTONOMIA DE VOO HISTÓRICO - Histórico: ave entra para o Guinness após voo de 11 dias sem pouso

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Um fuselo (Limosa lapponica) alcançou um recorde ao voar, sem pausas para comer ou descansar, do Alasca até a Austrália. O pássaro, que já é conhecido por suas longas viagens, entrou para o Guiness World Records com 13.560 quilômetros percorridos em 11 dias e 1 hora. 

Segundo informações do G1, o voo migratório começou no dia 13 de outubro de 2022 e se igualou a duas viagens e meia entre Londres e Nova York

“Os cagarros e as pardelas podem pousar na água e alimentar-se. Se um fuselo pousar na água, está morto. Não tem correia nos pés, não tem como sair. Então, se ele cair na superfície do oceano por exaustão, ou se o mau tempo o forçar a pousar, é o fim”, disse Eric Woehler, organizador da Birdlife Tasmânia, na Austrália, ao Guinness. 

O especialista também explicou que, normalmente, os fuselos migram para a Nova Zelândia, mas o recordista fez uma curva acentuada e se desviou do local comum, pousando no leste da Tasmânia. “Essa virada errada aumentou a capacidade de voo anteriormente assumida da espécie, levantando um questionamento sobre o quanto essa espécie poderia voar sem parar”, acrescentou. 

Esta não é, no entanto, a primeira vez que um fuselo vira notícia por suas habilidades de resistência durante o voo. Em 2007, outro pássaro da mesma espécie estabeleceu o recorde de 11,5 mil quilômetros percorridos. Outro antigo recordista superou este número em 2020, ao alcançar uma rota de 12.854 km viajando do Alasca até a Nova Zelândia. 

Como sabem a distância que o fuselo percorreu? 

O percurso desses e outros animais são geralmente acompanhados a partir de marcações com etiquetas via satélite para monitoramento. O mesmo ocorre, por exemplo, com as baleias. No caso do fuselo, ele foi monitorado por uma etiqueta de satélite 5G anexada à parte inferior de suas costas.   

Vale pontuar que os fuselos não são as únicas aves a conseguir percorrer voos tão distantes: a distância mais longa percorrida por um pássaro é de uma andorinha do ártico (Sterna paradisaea) durante sua jornada de ida e volta do Círculo Ártico até a Antártida. Elas podem atingir até 80 mil km de voo, a diferença é que essa espécie pousa durante a jornada. 

Para especialistas, o recorde de voo de mais um fuselo, com particularidades (como a alteração de rota), apontam para a necessidade de mais estudos sobre as estratégias da espécie e, o principal, agregar conhecimento de como atender melhor as migrações desses animais, bem como de que forma preservar os ambientes pelos quais passam para comer ou descansar.

(olhardigital)


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