Novos políticos, velhas práticas

Entender as coisas da política é exercício que depende de certa iniciação. Entender as coisas da política brasileira, nem falar. Mesmo que sejam rotineiros os exemplos da complexidade quase absurda das relações políticas, aqui e alhures, sempre há a possibilidade de experientes observadores se surpreenderem.
Muitos se revelam surpresos com determinados episódios, por vários motivos, entre eles, provavelmente, porque mantém estreita ligação com o agente do ato absurdo, ou, então, porque a confissão disso lhes traz alguma coisa proveitosa. Há, contudo, os que se surpreendem, de fato, talvez levados por certa dose de ingenuidade de que o ser humano dificilmente consegue desvencilhar-se de todo.
A traição faz parte da história da humanidade, infelizmente, porém, é na seara política, que a prática afigura com mais desembaraço. Aliás, traição e fisiologismo mais parecem irmãos siameses no jogo político brasileiro. Durante a campanha eleição, o indivíduo era como unha e carne do colega candidato à presidência da República. Elegeu e se reelegeu na sombra do partidário, repetindo, inclusive, o mesmo mantra do amigo. Agora, porém, ameaça cravar-lhe um punhal nas costas? É isso mesmo? Com um aliado desse ninguém precisa de inimigo. Essa é a tônica da política brasileira. Novos políticos, velhas práticas.
(*) Valdemir Caldas
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