Redação, Brasília, 16 de setembro de 2025 – Em gravação divulgada nas redes sociais nesta terça-feira (16), o senador Marcos Rogério (PL-RO) comentou a ausência de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, à sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga a maior fraude contra aposentados da história brasileira. O parlamentar classificou o investigado como “Fujão”, afirmando que ele “decidiu não comparecer” apesar de estar na condição de peça central no esquema que desviou bilhões de reais dos cofres públicos.
Decisão judicial do STF
A ausência ocorreu após decisão liminar do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), que permitiu que Camilo Antunes não comparecesse ao depoimento na CPMI. A determinação não vinculava obrigatoriedade de presença, mesmo com o apoio de pedido da comissão para que fosse mantida a oitiva.
O mesmo dispositivo também beneficiou Maurício Camisotti, outro investigado no processo, excluindo a compulsoriedade de participação nas audiências marcadas pela comissão parlamentar.
Reação da CPMI e posicionamento político
O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), anunciou que vai recorrer da decisão e ingressar com mandado de segurança no STF, insatisfeito com a ausência dos principais investigados. Ele ressaltou que ambos já estavam comprometidos a depor e que a presença seria fundamental para o esclarecimento do escândalo.
Marcos Rogério reforçou sua crítica ao comentar que a ausência do “Careca do INSS” agrava a percepção pública do caso, considerando que ele representa o elo-chave na investigação da CPMI.
Contexto e o impacto da investigação
A CPMI foi instalada em 2025 para apurar práticas fraudulentas que resultaram em prejuízos bilionários à Previdência Social, afetando aposentados, pensionistas e pessoas com deficiência. “Careca do INSS” é apontado como um dos principais operadores do esquema, enquanto Camisotti seria um dos beneficiários finais.
Apesar da decisão do STF, coube à CPMI articular formas de garantir o depoimento voluntário ou forçado. No caso de Camilo Antunes, apesar de não ser obrigatório, a defesa acabou confirmando sua presença na audiência de segunda-feira (15), às 16h — embora a decisão do STF mantivesse a possibilidade de não comparecer.
Ainda assim, os relatos sobre sua ausência geraram forte repercussão política, com senadores e deputados defendendo que a comissão não pode ser refratária à cooperação das autoridades investigadas.
Fonte: noticiastudoaqui.com