OPINIÃO DE ANA PAULA HENKEL - O Brasil com o Eixo do Mal | Notícias Tudo Aqui!

OPINIÃO DE ANA PAULA HENKEL - O Brasil com o Eixo do Mal

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Enviado para representar o país na cerimônia de posse do presidente do Irã, Geraldo Alckmin foi fotografado ao lado de grandes figuras do terrorismo mundial

 

As atrocidades do Brasil de Luiz Inácio não param na aberração política em reconhecer como legítima a fraude eleitoral venezuelana e endossar, mais uma vez e na contramão do mundo, a farsa de Nicolás Maduro como presidente democraticamente eleito. 

O Brasil de Lula é amigo de ditadores (não adianta espernear, TSE) e agora está no sofá também com os membros do “Eixo do Mal”, expressão usada pela primeira vez pelo ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush. Originalmente, Bush se referia ao Irã, ao Iraque e à Coreia do Norte. A expressão foi usada no discurso do Estado da União em janeiro de 2002, menos de cinco meses depois dos ataques de 11 de Setembro, para se referir aos três países que constituíam uma grave ameaça ao mundo e à segurança dos Estados Unidos. Esses países, segundo Bush, patrocinavam o terrorismo regional e mundial. Mais tarde, os Estados Unidos incluíram no eixo também Cuba, Líbia e Síria. 

E como o Brasil, vergonhosamente, agora é visto ao lado do seleto grupo? Por uma foto que entrará para a história de Geraldo Alckmin, nosso vice-presidente. As páginas políticas de Alckmin terão agora uma mancha indelével. O registro que marcará sua carreira não será nenhuma foto em suas boas administrações como governador de São Paulo, ou mesmo qualquer imagem da patetice em mendigar uma boquinha em Brasília para ser vice daquele que ele já chamou de um dos homens mais corruptos da nossa história.

A foto de Geraldo Alckmin que será estampada para todo o sempre será ao lado de homens como Ismail Haniyeh, líder do Hamas que foi assassinado na madrugada desta quarta-feira, 31 de julho, horas depois da cerimônia de posse do presidente do Irã, em que Alckmin estava presente.

Enviado para representar o Brasil, o vice de Lula estava ao lado de grandes figuras do terrorismo mundial. Entre elas, Abdul Salam, porta-voz dos Hutis, Ziyad Al-Nakhaleh, líder do grupo terrorista Jihad Islâmica, xeque Naim Kassem, líder do Hezbollah, além do já citado Ismail Haniyeh, líder do Hamas que foi eliminado. Estarrecedor.

 

Haniyeh fazia parte do Hamas havia décadas e, nos últimos anos, comandou as operações políticas do grupo terrorista direto do exílio no Catar, emergindo como um de seus líderes mais importantes no conflito de Israel em Gaza. A barbárie cometida contra bebês, mulheres, idosos e centenas de inocentes no dia 7 de outubro de 2023 tem as digitais de Haniyeh. E o Brasil estava ao lado dele nesta semana. O Brasil de Lula, claro.

Apesar de o assassinato de Haniyeh não ter sido reivindicado pelo Mossad ou pelas Forças Israelenses, algumas horas antes da cerimônia de posse do presidente do Irã, um ataque da Força Aérea Israelense em Beirute havia matado um alto comandante do Hezbollah responsável pelo bombardeio no último sábado, 27 de julho, que matou 12 crianças nas Colinas de Golã, bem como por um bombardeio em 1983 que matou 241 soldados americanos em Beirute. O ataque teve como alvo Fuad Shukr, um agente sênior do Conselho Jihad, que é subordinado ao Conselho Shura, do Hezbollah, e está sob o controle direto do líder terrorista Hassan Nasrallah. Shukr era um conselheiro militar sênior de Hassan Nasrallah, considerado seu braço direito e membro do conselho da jihad. O governo dos Estados Unidos havia oferecido uma recompensa de US$ 5 milhões por informações sobre ele e seu paradeiro. Se não fosse por esse evento, mais um nome de peso do terrorismo mundial estaria na foto com o nosso representante no Irã.

Sim, o Brasil de 2024 está ao lado de líderes que financiam o terrorismo no mundo. Não custa observarmos que o Irã era um país em rápida modernização e relativamente liberal antes da Revolução Islâmica, em 1979, o que de certa forma explica a revolução, como uma reação contra toda essa modernidade. Mas, da mesma forma, o povo iraniano sempre se irritou com as restrições impostas pelos mulás e tem tentado desfazer a tomada islâmica desde então. Eles sabem que a República Islâmica não é uma república, mas uma teocracia.

Desde o fim da Guerra Irã-Iraque, protestos em massa eclodem a cada dez anos ou mais. Eles explodiram por um tempo em 1999 e no início dos anos 2000. Depois do ataque de 11 de Setembro, George W. Bush acreditava que criar uma democracia bem-sucedida no Iraque ajudaria a minar o regime iraniano, mas, quando a revolta iraniana aconteceu em 2009, o governo Obama decidiu sempre fazer o oposto do governo Bush e entrou em negociações bem estranhas com seus líderes.

Engana-se quem pensa que o Irã é financiador dos inimigos da América apenas. O regime é financiador dos inimigos do Ocidente e da liberdade

Obama estava tão empenhado em se aproximar do regime e fechar um acordo diplomático que ignorou propositalmente a Revolução Verde. O movimento político surgiu após a eleição presidencial iraniana de 12 de junho de 2009 e durou até o início de 2010. Os manifestantes exigiram a remoção de Mahmoud Ahmadinejad do cargo.

Barack Obama fez vista grossa a um regime opressivo que vem, constantemente, produzindo novas razões para o povo odiá-lo. Desde restrições arbitrárias em seu comportamento, passando pela cleptocracia de membros do regime com a corrupção e a incompetência de oficiais em massa, até o desperdício da riqueza e do sustento do povo em aventuras militares que atendem aos objetivos apenas do regime, mas que não têm nenhuma conexão convincente com o interesse nacional. 

A República Islâmica é um notório patrocinador estatal do terrorismo que constantemente tenta exportar sua revolução. Seus radicais apoiam qualquer um que odeie a América e, com esses pilares, construíram uma rede de proxies e satélites por todo o Oriente Médio. Mas engana-se quem pensa que o Irã é financiador dos inimigos da América apenas. O regime é financiador dos inimigos do Ocidente e da liberdade. E o Brasil estava lá, na posse de seu governante.

Em 2017, quando ainda defendia princípios de liberdade política e econômica no palanque da oposição ao PT, Geraldo Alckmin certa vez proferiu: “Depois de ter quebrado o Brasil, Lula diz que quer voltar ao poder. Ou seja, ele quer voltar à cena do crime”. 

O antigo “inimigo” do petista, hoje vice-presidente do Brasil, não apenas voltou ao poder com Lula. Voltou à cena do crime para representar o Brasil junto a um seleto grupo de líderes terroristas.

Valeu a pena, Geraldo?

(revistaoeste)


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