DEFENSOR DA DEMOCRACIA - O homem "admirável" que deixa legado de paz. As reações à morte de Carter
O antigo presidente dos Estados Unidos da América e Nobel da Paz (2002) Jimmy Carter morreu na sua casa na Geórgia, aos 100 anos.
O antigo chefe de Estado norte-americano Jimmy Carter morreu, no domingo, os 100 anos. A notícia da morte gerou uma onda de reações e comoção a nível mundial, com muitas recordações e exaltação ao legado do Nobel da Paz.
Nos Estados Unidos, o ainda presidente, o presidente eleito, mas também antigos ocupantes da Casa Branca pronunciaram-se.
Joe Biden exaltou "um homem de princípios, fé e humildade" e anunciou que deu instruções para que se realize um funeral de Estado para Carter em Washington, enquanto o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, considerou que os norte-americanos devem "gratidão" a Carter.
Outros antigos ocupantes do cargo saudaram-no pelo serviço aos outros, como Bill Clinton e a sua mulher, Hillary, que foi candidata presidencial, dizendo num comunicado que "trabalhou incansavelmente por um mundo melhor e mais justo".
George Bush, outro antigo ocupante da Casa Branca, disse que o que o seu distante antecessor realizou "inspirará gerações de americanos". Já o ex-presidente democrata Barack Obama enalteceu um "homem admirável (...) que ensinou a todos o que significa viver com elegância, dignidade, justiça e serviço".
E por cá?
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou a morte do antigo chefe de Estado norte-americano, recordando o seu "apoio simbólico" à consolidação democrática em Portugal.
Numa nota divulgada na página oficial da Presidência da República, Marcelo "destacou os esforços incansáveis de Jimmy Carter na promoção dos direitos humanos e da paz na cena internacional, temas a que dedicou parte significativa da sua vida após a conclusão da sua presidência e nos anos finais da sua vida".
Já o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, manifestou pesar pela morte de Carter, recordando uma "referência moral global da democracia e dos direitos humanos".
"É e será uma referência moral global da democracia e dos direitos humanos. Apresento condolências à família, ao Presidente dos Estados Unidos da América e ao povo americano", escreveu numa mensagem na rede X.
Outras reações internacionais...
O português António Costa, agora presidente do Conselho Europeu, recordou o legado na defesa dos direitos e dignidade humana de Jimmy Carter e descreveu-o como "uma inspiração".
"O Presidente Jimmy Carter colocou os direitos humanos, a dignidade humana e a paz no centro da sua vida política", escreveu Costa na rede X.
Também na mesma rede social, a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, recordou Carter como o "incansável defensor da paz e dos direitos humanos", sendo o Nobel da Paz "o testemunho do seu papel decisivo na resolução de conflitos que mudaram o curso da história".
Já o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse estar "profundamente triste" com a morte do ex-presidente norte-americano, de quem destacou o legado na paz e segurança mundiais.
Além disso, o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, prestou homenagem a Carter, que "defendeu os direitos das pessoas mais vulneráveis e liderou incansavelmente a luta pela paz", enquanto o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, exaltou o seu legado político e definiu-o como "um amante da democracia, defensor da paz e dos direitos humanos".
De outras geografias surgem também reações, como do presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, que elogiou o "papel importante" para a paz entre Egito e Israel do ex-presidente norte-americano, arquiteto dos Acordos de Camp David de 1978, um prelúdio do primeiro tratado entre Israel e um país árabe. Também o presidente israelita, Isaac Herzog, agradeceu a Jimmy Carter pelo apoio à normalização das relações entre Egito e Israel.
O primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, sublinhou as "conquistas históricas" de Carter na "diplomacia da paz" e a China, através da porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros expressou as suas "profundas condolências" na sequência da morte, falando da sua "contribuição significativa para o desenvolvimento das relações sino -- norte - americanas e para a promoção de intercâmbios amigáveis e da cooperação entre as duas nações".
Eleito para a Casa Branca em 1976, vencendo o então presidente Gerald Ford por uma margem de votos tangencial e num país ainda marcado pelo escândalo 'Watergate' que forçou o presidente Richard Nixon a demitir-se, Carter assumiu o cargo de 39.º presidente dos Estados Unidos apenas durante quatro anos.
O político democrata, que votou nas últimas eleições presidenciais norte-americanas, realizadas em 05 de novembro, tinha sido submetido a tratamentos para tentar travar uma forma agressiva de melanoma, com tumores que se espalharam ao fígado e ao cérebro.
Retirado de toda a vida pública, Jimmy Carter beneficiava de cuidados paliativos na sua casa em Plains, estado da Georgia, desde fevereiro de 2023.
A sua última aparição pública aconteceu em novembro de 2023, durante o funeral da sua mulher, Rosalynn.
Carter, um homem que falava frequentemente da sua fé cristã, era o mais velho presidente norte-americano ainda vivo.
(noticiasaominuto)
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