Tantos partidos gravitando em torno da candidatura Mariana Carvalho podem ser um problema na hora de dividir o bolo

Li que a ex-deputada federal Mariana Carvalho conseguiu reunir onze partidos em torno de sua candidatura à prefeitura de Porto Velho. Um número bastante expressivo de aliados, não se tem dúvida. São tantos os partidos que, citá-los, seria abusar da paciência do leitor/eleitor e desperdiçar espaço de jornal.
Qual a explicação para esse fenômeno? É que no Brasil partidos adoram fazer alianças políticas, certo? E as alianças são costuradas tendo como base afinidades ideológicas e doutrinárias, certo? Além disso, no Brasil política com P maiúsculo é feita de compromissos, certo? E não é qualquer um deles, certo? Esses compromissos precisam trazer em si o gene do interesse público, que precisa estar em primeiro plano, numa democracia representativa, certo? Afinal, é para o povo que se deve trabalhar politicamente, visando sempre o bem comum, certo?
Tudo muito bom, tudo muito bem. Infelizmente, no Brasil do “Mateus, primeiro os meus”, do “é dando que se recebe”, do toma lá dá cá, a verdadeira definição de coligação tem sido brutalmente desfigurada na sua essência e na sua objetividade por dirigentes de partidos que ignoram esse aspecto em troca de seus próprios interesses ou do grupo de que participam. Além de garantir-lhe mais tempo no horário eleitoral gratuito, não sei mais até que ponto é proveitoso para Mariana Carvalho essa quantidade de partidos gravitando em torno de sua candidatura, mas posso afirmar, sem medo de errar, que, eventualmente eleita, ela terá muita dificuldade na hora de dividir o bolo com tantos comensais, pois sempre vai aparecer alguém achando que tem direito a pegar o maior pedaço, quando, então, começarão a pipocar disputas internas por nacos de poder, e aí o casamento, antes festejado com abraços e juras de fidelidade eterna, pode acabar em divórcio.
Por Valdemir Caldas
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