Foi tal a musculatura política apresentada na convenção que consagrou a ex-deputada federal Mariana Carvalho, do União Brasil e mais doze partidos, como candidata a prefeito de Porto Velho, que, se não ganhar no 1º turno das eleições municipais em outubro, correrá série risco de perder para quem a arrastar para o 2º turno do pleito eleitoral.

Contando até agora, com dois chefes de poderes – governador Marcos Rocha e Marcelo Cruz, presidente da Assembleia Legislativa -, o prefeito Hildon Chaves, dois senadores, quatro deputados federais, vários deputados estaduais, 21 vereadores e cerca de 300 candidatos à Câmara Municipal, além de novos apoios no decorrer da campanha, já sai nas alturas, tal a capilaridade de gente percorrendo o município e pedindo votos pra filha do casal donos da Fimca.

A questão agora é esperar o andar da carruagem para saber se algum entre os demais candidatos, da direita ou da esquerda, conseguirá mobilizar o eleitorado para arrastar Mariana para o 2º turno.

A pessoa que parecia apto a realizar tal proeza, seria o também ex-deputado federal Leo Moraes. Entretanto, após deixar o Detran e um salário bom, certo e seguro para disputar as eleições, parece haver dormido no ponto, e ficou isolado, sem sequer ter sua candidatura homologada até agora. Tudo bem, ainda dá tempo. Mas a questão é: quem restou para apoiá-lo? E mais: ainda valerá a pena ser candidato?

De resto sobrou para os candidatos da esquerda o desafio de romper as trincheiras de Mariana. Agora cabe a ex-juíza Euma Tourinho, o ex-conselheiro Benedito e o advogado Célio Lopes a tarefa de arrastar Mariana da vitória no 1º turno, para a derrota no 2º. Não é fácil. Mas é possível.

Registremos mais dois fatos: o ministro Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal, esteve em Rondônia duas vezes em um mês, participando de eventos jurídicos. Sempre sem publicidade, sem coletivas à impressa. Fatos que induz pensar que os verdadeiros objetivos sejam outros. Como o de alinhar o Poder Judiciário e os órgãos auxiliares da República do estado, para os novos tempos, novos propósitos ideológicos em nome da democracia, mas distante das aspirações sociais do povo, que deveria ser mais ouvido, consultado e respeitado.

O discurso em rede nacional do presidente Lula, ontem, domingo, tem tudo a ver com estas movimentações. Não tendo nada para entregar nem mostrar, fez o que todo camelô faz: mentiu e passou conteúdos para os candidatos destas eleições que o apoiam. Foi somente um ato eleitoral, fora do tempo legal.

Enquanto isso, sua alma gêmea Celso Amorim, esteve e está presente em Caracas, sancionando todos os mal-feitos do ditador que se auto-proclamou presidente da Venezuela para mais um mandato, após mais uma eleição fraudada, conforme preconiza o Forum de São Paulo, que Lula ajudou criar e implementar. ‘O Poder não se ganha, se toma’.

‘Olho vivo porque cavalo não sobe escada’, já alertava o saudoso Ibrahim Sued, de boa memória.            

É do que trata o ‘Língua de Fogo’ de hoje.

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Veja agora, manifestações complementares sobre os fatos acima, em pequenos vídeos.

Fonte: noticiastudoaqui.com