LÍNGUA DE FOGO – Calçadas pra andar ou pra morrer: falta de segurança
Não tem o que fazer: se correr o bicho pega e se ficar o bicho come.
É com essa sensação que as pessoas saem de casa hoje em dia para trabalhar, estudar, ir ao médico, enfim, fazer as coisas que tem que ser feitas. Até ficar à toa na praça ou na beira do rio. É o exercício do seu direito de ir e vir.
Pois é. Esse direito de ir e vir, está tão precarizado que os prontos-socorros e hospitais estão cheio de suas vítimas.
É o idoso, a grávida, o deficiente ou o cadeirante que cai nos buracos da calçada, onde tem boca-de-lobo sem tampa, bueiros abertos e, às vezes encobertos parcialmente pela grama, se constituindo em grave armadilha, até para os jovens e saudáveis, que tomaram umas a mais.
Apesar de Porto Velho ter o Código de Posturas, ninguém fiscaliza, ninguém aplica, e todo mundo faz a calçada o que bem quer.
O passeio, como também se chama a calçada, é feita na altura que a pessoa deseja e com o revestimento que lhe dá na telha. Assim, tem a alta e a baixa demais; a rebaixada na entrada da garagem ou dos portões de embarque e desembarque de mercadorias; com piso de cerâmica, cimento liso, e raros porosos, os mais seguros por serem antiderrapantes.
A calçada, onde existe, do centro da cidade aos bairros, é caminho cheio de obstáculos.
Além dos acima apontados, ainda tem ocupação ilegal por lojas, lanchonetes, carros e carrinhos vendendo todo tipo de comida e produtos e até aqueles que a usam como estacionamento do seu carrão ou da motocicleta; e o pedestre, não importa sua condição física ou a idade, tem que ir pro meio da rua, onde ninguém lhe respeita.
Ele que saia da frente, se vire, para não ser atropelado e até morto.
Está aqui uma boa pauta para os dois candidatos a prefeito que disputam o segundo turno para governar a capital do 3º mais rico estado da Região Norte.
Isto é uma coisa que tem que acabar. Isto sim, é assunto de prefeitura.
É necessário um programa – e aí entram os vereadores – que induza o proprietário do imóvel ou terreno, a fazer calçada em frente do seu imóvel, dentro do padrão e prazo estabelecido.
Vencido o tempo sem a providência exigida em lei, a prefeitura faz e lança o custo no IPTU, pelo qual imóvel responderá.
A mesma política tem que ser estabelecida para a limpeza e manutenção dos terremos baldios.
São dois atos que impactam diretamente nas vidas pessoas, na sua segurança, no seu dia-a-dia. Só falta decisão e coragem.
Mas tem uma coisa: a prefeitura tem que, antes, fazer meio-fio nas ruas da cidade. Sem isso, não terá moral para cobrar nada de ninguém.
Um bom programa de calçadas, livres para pedestres, uma boa iluminação pública, acoplada a um sistema de monitoramento da cidade por imagens, uma boa fiscalização da efetividade destes serviços, já dará mais segurança e melhora a qualidade de vida para quem vive em Porto Velho.
Claro que existem outras necessidades tão importantes quanto as apontadas acima. Outras bandeiras sobre as quais iremos tratando neste espaço.
É do que trata o ‘Língua de Fogo’ de hoje.
Veja o vídeo, a seguir, e faça o seu próprio juízo. Aproveite e se inscreva na página noticiastudoaqui no youtube, e acompanhe, também, outros conteúdos como o podcast ‘Sem Papas na Língua’ publicado toda terça-feira, às 17hs30.
Veja agora, manifestações complementares sobre os fatos acima, em pequenos vídeos.
Fonte: noticiastudoaqui.com
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