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Após tragédia, moradores de prédio que ruiu procuram líderes sem-teto

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Um dia depois do incêndio que provocou o desabamento de um prédio no centro de São Paulo, moradores desabrigados procuram pelos representantes do Movimento Social pela Moradia (MLSM), que organizava a ocupação do edifício. Concentrados no Largo do Paissandu, onde passaram a noite em frente ao local da tragédia, ninguém sabe onde está a coordenação do grupo.

Ao menos 120 famílias viviam no local e segundo relatos dos moradores, o custo para viver na ocupação podia chegar a 500 reais por mês — a depender do tamanho do espaço ocupado. De acordo com os desabrigados, um homem identificado apenas como Ananias, era quem recolhia o dinheiro. Ele não foi mais visto desde a tragédia e seu paradeiro é desconhecido. Apesar da reticência e receio de alguns habitantes da invasão, o perfil de Ananias em uma rede social, mostrado pela reportagem, foi reconhecido por alguns moradores sob a condição de anonimato.

Se apresentando com o nome “Ananias Mlsm” no Facebook, sua foto de perfil é uma selfie dentro de um carro com bancos de couro e teto solar. Em destaque em sua página, o homem apontado como responsável pela cobrança dos moradores publicou uma foto do Largo do Paissandu com o edifício que desabou durante o incêndio. Em sua página na rede social, Ananias também mostra fotos de edifícios ocupados em endereços no Centro de São Paulo e de famílias em apartamentos com paredes com infiltração ou divisórias de madeira.

Seu nome completo, Ananias Pereira, ele revela em uma publicação de maio de 2014 em que anuncia uma pré-candidatura a deputado estadual. A empreitada parece não ter ido para frente: em setembro ele publicou uma mensagem indicando o candidato Gustavo Petta, do PCdoB, para o cargo – também pediu votos para o ex-ministro Orlando Silva, também do PCdoB, candidato a deputado federal.

O líder sem-teto Ananias Pereira, que era responsável por cobrar taxas mensais de moradores de prédio que caiu em São Paulo

O líder sem-teto Ananias Pereira, que era responsável por cobrar taxas mensais de moradores de prédio que caiu em São Paulo (Reprodução/Reprodução)

Algumas imagens também exibem algumas regras a que os moradores devem se submeter: homens não podem andar sem camisa; mulheres não podem usar “roupas curtas”; visitantes têm de ser aprovados e não podem dormir no local. Segundo cartazes em uma das invasões, as informações só podem ser passadas pela coordenação do movimento, que também devem ser o destino de qualquer dúvida dos moradores.

 Fonte: Veja

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