Descarte de carcaças de animais mortos, pescado e gado bovino em terrenos vazios é crime e podem contaminar lençóis freáticos
Porto Velho, RONDÔNIA – O descarte de animais mortos, restos de ossadas de pescado e gado bovino tornou-se uma constante na maioria dos terrenos baldios públicos e privados na Capital.
Na ausência de legislação específica para disciplinar essa situação, a cidade experimenta, desde 2014, uma verdadeira corrida à criação de novos lixões em áreas mais afastadas. E da zona rural em direção às BRs 364 e 319.
Na Zona Leste, especialmente, o número de animais mortos descartados em terrenos baldios e de loteamentos sob litígio já é considerado muito alto por agências independentes de controle ambiental.
Das áreas identificadas até agora, mas ainda não inspecionadas pela secretaria do Meio Ambiente (SEMMA) e Vigilância Sanitária (SEMUSA), segundo informações de autoridades, “os focos de descartes mais frequentes situam-se no quadrilátero das avenidas Amazonas, José Amador dos Reis, Mamoré e Raimundo Cantuária”.
Os “cemitérios” são a céu aberto e atraem aves de rapina como urubus e até Quero-Quero que disputam restos de carcaças de animais mortos, pescado e ossadas de gado. O descarte, nesta parte da Zona Leste, é feito por moradores a donos de peixarias, açougues e donos de pets que se desfazem de animais depois de mortos.
Sobre o assunto, este site buscou ouvir profissionais veterinários. Segundo um deles que pediu a preservação da identidade, “muita gente trata seus pets, como membros da família, mas quando morrem a maioria o descarta em sacolas plásticas e o lança no matagal mais próximo de casa”.
A respeito das carcaças de pescado e gado lançadas em locais de terrenos baldios particulares e públicos, o profissional afirmou que, “em nossa cidade as autoridades ainda tem muita dúvida sobre o que fazer para dar fim ao que sobrou no final do abate”. Inclusive com os animais de estimação como gatos, cachorros e outros.
Nas avenidas Amazonas e Raimundo Cantuária, no cruzamento com a Avenida José Amador dos Reis, existe uma área designada a uma grande rede de supermercado da cidade que tornou-se o “cemitério” preferido de quem descarta restos de animais mortos e do que sobrou do pescado, bovino, caprino, equino e aves de corte (galinhas e outros). A prática é nociva à saúde e ao meio ambiente. “É, portanto, um crime que carece de punição. Mas também de atitude das autoridades para dá finalidade social produtiva às áreas abandonadas da cidade”.
Segundo o médico anônimo, “é mais fácil os donos se livrarem dos corpos dos seus animais longe de onde moram, nos grotões ermos existentes na periferia da cidade onde o desleixo do poder público e político são visíveis”.
Para ele, “há muito, a dúvida sobre o que fazer com os restos mortais dos animais de estimação, por exemplo, vêm perturbando a cabeça das autoridades”. Tudo, por falta de legislação específica para procederem com o descarte das carcaças.
Por fim, este site foi às autoridades municipais, estaduais e federais saber sobre o descarte de carcaças de animais mortos no fundo de quintais e terrenos vazios, mas obteve apenas a informação de que “essa atitude pode contaminar o solo por meio da penetração dos resíduos, que por sua vez, podem atingir os lençóis freáticos”.
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