Estudo revela como se formam as cheias na bacia do Madeira
Para compreender o clima e as previsões de inundações e secas no planeta, cientistas internacionais discutiram e avaliaram instrumentos e novos desenvolvimentos científicos utilizados para monitorar o ciclo global da água e as mudanças em suas variáveis, durante a Conferência da América do Sul “Água vista do espaço”, realizada em Santiago, no Chile, entre os dias 26 e 28 de março.
Os pesquisadores em Hidrologia, Alex Ovando e Javier Tomasella, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – apresentaram os resultados de seus trabalhos científicos sobre mapeamento multi-temporal e altimetria de satélite para avaliar a dinâmica de inundação das zonas úmidas da Amazônia boliviana,mostrando as características do processo e a dinâmica das áreas alagáveis da Bacia do Alto Madeira.
Foi apresentado, também, o sistema de previsão e alerta de cheias do Rio Madeira desenvolvidos no Cemaden, sob responsabilidade do pesquisador e hidrólogo, Márcio Moraes.
“Esse conhecimento é fundamental para entender como se formam as grandes cheias na Bacia do Rio Madeira, que afetam as populações ribeirinhas e os moradores das cidades de Porto Velho e Rio Branco”, afirma Tomasella, pesquisador do Cemaden.
Ele lembra sobre o enorme prejuízo econômico, devido o isolamento por via terrestre do estado do Acre, provocado pelas cheias excepcionais e pela inundação do trecho da BR-364 que liga o estado à Rondônia.
O pesquisador destacou que, nos últimos 40 anos, com o avanço das Tecnologias de Observação da Terra, tornou-se possível monitorar as variáveis do ciclo hidrológico no planeta, principalmente, por meio de imagens de satélites. Informa que os cientistas preveem, nos próximos anos, um número crescente de missões de observação da terra, possibilitando aumentar a capacidade de observar a superfície da Terra, seu interior e sua atmosfera, inaugurando uma nova era na ciência do ambiente terrestre e do ciclo da água.
Tomasella apresentou, também, o sistema de previsão e alerta de cheias do Rio Madeira desenvolvidos no Cemaden, sob responsabilidade do pesquisador e hidrólogo, Márcio Moraes. “As novas missões de observação da Terra podem contribuir para a melhoria dos sistemas de alerta operacionais do Cemaden, na melhoria de modelos e do mapeamento de áreas inundáveis, além da possibilidade de assimilação de dados em tempo quase real no sistema de alerta.”, enfatiza o pesquisador.
JULIO OTTOBONI
Agência Envolverde
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