Jungmann anuncia concurso para mil vagas na PF e PRF ainda este ano
Ministro da Segurança Pública deu entrevista coletiva nesta quarta-feira (28) e falou sobre as primeiras medidas a serem adotadas pela nova pasta.
Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (28), o novo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou que a tarefa é conseguir a "universalização dos serviços de segurança", o que só aconteceu, no Brasil, com a saúde e a educação.
Em busca disso, anunciou que, nesta quinta-feira (1º), o presidente Michel Temer vai receber os governadores e deve anunciar recursos para a área. Ele também afirmou que a participação da sociedade é fundamental.
Além do encontro com os governadores, Jungmann adiantou que, na próxima semana, todos os prefeitos das capitais serão convidados para discutir segurança. "A Constituição de 1988 não legou aos municípios responsabilidade pela segurança pública, mas isso é injustificável", disse ele, citando ainda a importância das guardas municipais.
Ele também contou que vai convocar todas as organizações e entidades, começando na próxima semana, pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). "O mesmo vale para o meio empresarial", destacou.
Segundo o ministro, o ex-ministro Armínio Fraga irá colaborar com seu esforço de aproximar os empresários da questão da segurança.
Jungmann também prometeu um encontro de todos os ministros da Segurança da América do Sul e falou sobre a importância do combate ao crime ser transnacional. "Se o crime se globaliza, não é mais possível enfrentá-lo apenas no espaço nacional", pontuou.
Já sobre a situação carcerária, o ministro citou reunião com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a convite da ministra Cármen Lúcia, onde teria se informado sobre a questão. Além disso, anunciou estudos para a criação de uma força nacional de segurança permanente.
Salientou que o governo tem por princípio e vai aplicar uma política que pretende muita parceria entre os estados, mas os recursos terão que ter contrapartidas. Jungmann disse que essa parceria implicará em um comprometimento dos estadso com o objetivo de, dentro de dois anos, os policiais que não estão nas ruas - estão em outras unidades, atividades administrativas - sejam apenas 1% a 2%. "Nós queremos policiais nas ruas."
O ministro também prometeu duplicar, este ano, o contingente da Polícia Federal (PF) em postos de fronteira. "Serão 300 agentes", disse. Segundo ele, também será reforçada a área de combate aos crimes de corrupção com 29 novos delegados.
Sobre a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Jungmann diz que será implantado o "plantão voluntário". O governo irá comprar parte da folga dos policiais, permitindo que haja 2 mil policiais a mais patrulhando as rodovias.
Também antecipou que, em reunião, hoje, com o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, ficou decidido que será realizado concurso público para o preenchimento de 500 vagas na PF e de outras 500 na PRF, ainda este ano.
Questionado sobre o andamento da Operação Lava Jato, ele afirmou que a força-tarefa "continua sendo uma prioridade". "Principalmente pelo que ela trouxe e vem trazendo em termos de resultado".
Jungmann salientou também que as ações anunciadas são iniciais, voltadas para gargalos emergenciais.
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