Maurício Calixto, ex-deputado federal e radialista morre aos 68 no Hospital 9 de Julho | Notícias Tudo Aqui!

Maurício Calixto, ex-deputado federal e radialista morre aos 68 no Hospital 9 de Julho

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Morreu na manhã de segunda-feira, aos 68 anos de idade, no Hospital Nove de Julho, em Porto Velho, o advogado, jornalista, radialista e ex-deputado federal Maurício Calixto da Cruz. Ele era renal crônico, submetia-se recentemente a hemodiálise e teve outras complicações de saúde.

Mineiro de Arcos, ele chegou a Porto Velho no início dos anos 1970, com os irmãos, entre os quais Mário Calixto Filho. Procedente de Formiga (MG), Mário vendia tapetes. Em seguida montou a loja Rondolar. Em 1980 fundou o jornal O Estadão de Rondônia (depois “do Norte), no qual Maurício foi editorialista. Foi corregedor da Câmara Municipal de Porto Velho. Atuou no Tribunal do Júri na Comarca da Capital.

Casado com Cíntia Maria Sedlacek Calixto teve três filhos. Até o mês passado apresentava na Rádio Rondônia FM o programa “Hora do Povo”, com retransmissão para diversas emissoras do Interior do Estado. Desde o seu internamento vinha sendo substituído pelo professor e historiador Francisco Matias.

Seu mandato na Câmara durou de 1991 a 1995. Filiou-se aos seguintes partidos: PDS, em 1982-1985; PFL, entre 1985 e1990; PTB em 1990, e PSC em 1991.

Maurício foi diretor geral do Departamento Estadual de Trânsito de Rondônia (Detran), apresentador do programa “Antena Quente”, da extinta Rádio Eldorado do Brasil. De sua presença na Redação de O Estadão de Rondônia, alguns jornalistas recordam expressiva participação no direcionamento das edições e na política editorial.

“Maurício muitas vezes continha os ímpetos do irmão Mário, cuja atuação no mercado é cheia de contradições, embora ninguém lhe tire até hoje os méritos de algumas denúncias bem apuradas, publicadas em seu jornal”, lembra o jornalista Montezuma Cruz que foi repórter e articulista daquele diário.

“Quando publicamos a manchete “Sr. Presidente, eis os escândalos do novo Estado”, relatando irregularidades no governo Jorge Teixeira de Oliveira, o presidente João Figueiredo visitava Porto Velho, assessores e seguranças rondaram a sede do jornal, na Rua Duque de Caxias, e nos obrigamos a ficar trancados até que rodasse o jornal, de madrugada – Maurício à frente, corajoso e obstinado”.

Formado em direito pela Faculdade de Mogi das Cruzes (SP) em 1978, transferiu-se para Rondônia. Eleito deputado estadual em novembro de 1986, pelo PFL (Partido da Frente Liberal), no ano seguinte tomou posse na Assembleia Legislativa, mas licenciou-se para assumir a Secretaria Estadual de Administração no governo de Jerônimo Santana (1987-1991), onde permaneceu até o final de 1988.

Nas eleições de outubro de 1990 candidatou-se pelo PTB (do qual foi líder o ex-senador Olavo Pires) a uma vaga na Câmara dos Deputados. Eleito, assumiu o mandato em fevereiro do ano seguinte.

Segundo o portal da Câmara dos Deputados, Maurício atuou como membro titular da Comissão de Minas e Energia e suplente da Comissão de Finanças e Tributação. Afastando-se do PTB, permaneceu sem partido. Na sessão da Câmara dos Deputados de 29 de setembro de 1992 foi um dos 38 parlamentares que votaram contra a abertura do processo de impeachment do presidente Fernando Collor de Melo, embora o tenha feito em segunda chamada, quando o processo já estava decidido.

Acusado de crime de responsabilidade por ligações com um esquema de corrupção liderado pelo ex-tesoureiro de sua campanha presidencial, Paulo César Farias, Collor afastou-se da presidência logo após a votação da Câmara e renunciou em 29 de dezembro de 1992, pouco antes da conclusão do processo pelo Senado Federal, razão pela qual foi efetivado na presidência da República o vice Itamar Franco, que já vinha exercendo o cargo interinamente desde o dia 2 de outubro. Já no governo Itamar Franco, Maurício Calixto votou contra a criação do Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira (IPMF), fonte suplementar de recursos destinados à saúde.

No pleito de outubro de 1994, disputou uma vaga no Senado na legenda do PFL, mas não foi eleito. Deixou a Câmara ao término do mandato, em janeiro de 1995. Retornou à Secretaria de Estado de Administração no governo de Valdir Raupp (1995-1999), mantendo-se no cargo até junho de 1995, quando assumiu a diretoria geral do Detran.

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