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MDB e PSDB: os novos alvos da Lava Jato e do STF?

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Uma dúvida recorrente em Brasília era que significado teria a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Seria o ápice da Lava Jato e das investigações de corrupção, ou um feito importante num caminho mais longo, que naturalmente miraria outros partidos e outras figuras proeminentes? Uma série de eventos ocorridos nesta terça-feira levou uma nova onda de preocupação para além das odres petistas.

A primeira turma do Supremo Tribunal Federal agendou para a próxima terça-feira o julgamento que pode aceitar denúncia contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) no caso em que é acusado de corrupção passiva e obstrução de Justiça com base na delação do grupo J&F.

Aécio aparece em gravação pedindo 2 milhões de reais ao empresário Joesley Batista e chega a afirmar que poderia “matar” o intermediário. Ele é investigado em nove inquéritos no Supremo e, caso a corte aceite as denúncias, pode se tornar réu pela primeira vez na Lava-Jato.

Alguns parlamentares veem na decisão uma resposta do Supremo à pressão que sofre por ter negado os habeas corpus a Lula. “Não quero crer que o Judiciário vá adotar uma postura de ficar procurando compensação política julgando uma vez alguém de um grupo e depois alguém de outro”, disse o líder do PSDB no Senado, Paulo Bauer (SC) ao jornal O Estado de S. Paulo.

Em outra frente, o Superior Tribunal de Justiça negou a suspensão da condenação de Eduardo Azeredo (PSDB), ex-governador de Minas Gerais, condenado a 20 anos de prisão por peculato e lavagem de dinheiro no caso do mensalão mineiro.

Em São Paulo, a força-tarefa da Operação Lava-Jato pediu nesta terça-feira ao vice-procurador da República que as investigações sobre supostas propinas a Geraldo Alckmin passem a ser tocadas em primeira instância. Alckmin deixou o cargo de governador na sexta-feira e, com isso, perdeu foro privilegiado.

Na semana passada a prisão de Paulo Preto, operador do partido, voltou a levantar preocupações de novas denúncias contra o grupo paulista do PSDB.

O MDB e o presidente Michel Temer também voltaram à ribalta. Em nova denúncia, apresentada ontem, o Ministério Público Federal acusa o advogado José Yunes e o coronel da reserva João Baptista de Lima Filho arrecadavam propina para o MDB, especialmente para Temer.

O inquérito inclui outros emedebistas próximos ao presidente, como Moreira Franco (empossado ontem no ministério de Minas e Energia) e Eliseu Padilha (ministro da Casa Civil). O Planalto voltou a negar as acusações. Temer já escapou de duas denúncias, mas pode ser alvo de uma terceira envolvendo, mais uma vez,  suspeitas de corrupção no Porto de Santos.



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