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Mulheres que seguram as pontas

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Repórter conhece o trabalho de setores essenciais do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro

Duas mulheres, duas autoridades naquilo que fazem. Ambas trabalham com eletrocardiograma e diagnóstico no Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, um dos maiores da Amazônia Ocidental Brasileira, em Porto Velho.

— Onde é que dói? O que é que sente?

Podem parecer simples essas perguntas, porém, as respostas nem sempre levam ao caminho mais eficiente para eliminar as dores. O piso é antigo, a sala azulejada é apertada. Numa cadeira, um servidor identifica cada paciente do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Já vou tirar pra ti, meu amor” – avisa Ieda Queiroz de Souza, 62, manuseando peras e braçadeiras no paciente, na sala do eletrocardiograma.

Amazonense do distrito  (Humaitá), ela foi criada no bairro do Triângulo, em Porto Velho, e trabalha desde 1980 nesse núcleo.

Trabalha em pé o tempo todo. “Sabe, antes eu fazia 60 exames por dia, ia pra casa, botava os pés no sal e no vinagre, de tanto cansaço. Hoje dou conta de uns 30, em média”, relata.

E acrescenta: “Tem muita gente aí em situação igual à minha. Eu tenho certeza que a gente não vai mais para lugar nenhum, e a aposentadoria vai sair por aqui mesmo”, ri a funcionária.

Três equipes, uma delas noturna, atendem no HB e a todas as unidades de saúde para exames diversos. Sem o quadro clínico, a equipe médica teria dificuldades para avaliar corretamente cada situação.

Às 9h, o corredor do HB estava lotado em direção à sala do Núcleo de Diagnósticos, onde há sete anos Elisângela Brasil, 42, três filhos e dois netos, encaminha pacientes para exames de broncoscopia, colonoscopia, eletrocardiograma, ecocardiograma transtorácico adulto e infantil, ecocardiograma transesofágico, endoscopia digestiva baixa, escleroterapia e ultrassonografia morfológica geral – os mais requisitados.

Dessa maneira, se não for feito corretamente o exame, o diagnóstico parte fundamental do processo de tratamento de qualquer doença pode ser uma estrada tortuosa até se transformar no caminho que leva o paciente a uma vida mais saudável.

Elisângela começou no HB aos 20 anos, em 1994, e ali espera se aposentar. Segundo ela, a cada mês mais de mil pessoas fazem eletrocardiograma e 4,5 mil, ultrassom nesse núcleo que funciona 24 horas, de segunda a segunda-feira, com escala de sobreaviso. Biópsias também são numerosas. 

“A escala de sobreaviso permite, por exemplo, que um paciente do JP II com alta hemorragia seja imediatamente transferido para o HB, obtendo vagas junto com outros pacientes da regulação”, explicou.

MONTEZUMA CRUZ


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