O INSS está sem peritos. Na fila, 12 mil rondonienses
O deputado Adelino Follador (DEM) criticou nterça-feira (13) “a completa inoperância do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS)” em Ariquemes, que submete a população a uma verdadeira via sacra. Faltam peritos, e as pessoas são obrigadas a viajar para Jaru e Porto Velho, para se examinar.
“Esta situação já perdura por anos, e vem piorando gradativamente a ponto de exigir uma solução imediata e definitiva, em respeito ao cidadão que paga impostos neste País e não merece e nem pode ser tratado como indigente”, lamentou Follador.
O deputado chamou atenção dessas autoridades, sublinhando que, em alguns casos, há famílias que se juntam, vendem o que possuem – galinhas, porcos, etc –, para custear o deslocamento até o INSS e a manutenção em Porto Velho até ser atendido, processo que demanda dinheiro, muita boa vontade e a própria necessidade do paciente/cidadão.
Follador disse que a situação do INSS em Ariquemes é muito pior do que se pode imaginar. Ele disse recebeu denúncia de que mais de 300 pacientes da região tiveram que buscar atendimento em outros municípios, visto que ali não há atendimento básico, elementar, e muito menos peritos para a realização de exames.
MAIS DE 12 MIL RONDOINIENSES NA FILA
O deputado lamentou a situação do povo rondoniense, que desde 2010 já forma uma fila com mais de 12 pessoas aguardando por um atendimento pericial do INSS, uma situação de completo desprezo, que na sua visão além de desrespeitoso chega a ser desumanopara o cidadão idoso ou inválido.
Follador disse que sabe que o drama vivido em Rondônia é similar a outros estados, incluindo o Amazonas, que com os demais sofrem com os desfalques resultantes dos pedidos de aposentadorias, e até mesmo de exonerações por motivos pessoais, eis muitos são enviados para trabalhar em regiões inóspitas, longe dos familiares, e sem a correspondente compensação financeira.
Por este motivo, segundo o deputado, o INSS perdeu de 2010 a 2017 em todo o País nada menos de 3.128 médicos peritos, sem que o Governo Federal adote uma providência gerencial para o instituto, capaz de reorganizar e reordenar a gestão e o atendimento aos segurados, promovendo melhorias para os servidores que estão trabalhando, e a realização de concurso público para provimento das vagas abertas com tantas exonerações e aposentadorias.
ASCOM
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