Reaberto o Teatro Adolfo Bloch, onde fez sucesso "Dom Quixote de La Mancha"

O Teatro Adolpho Bloch voltou a funcionar no Rio de Janeiro, 18 anos depois de interromper suas atividades. Foi nele que vi o espetacular musical O homem de la Mancha na estreia, em 1973. O companheiro Montezuma Cruz assistiu um ano antes, no Teatro Anchieta, em São Paulo, onde passeava, ainda jovem correspondente jornalístico no interior.

Com direção de Sérgio Módena, o espetáculo O Musical da Bossa Nova marca a estreia nesta sexta-feira (4), abordando histórias e curiosidades sobre a época, além de apresentar clássicos, entre os quais, "Ela é Carioca" (Tom Jobim e Vinícius de Moraes), "Samba da Minha Terra" (Dorival Caymmi), "Chega de Saudade" (Tom Jobim e Vinícius de Moraes), "Garota de Ipanema" (Tom Jobim e Vinícius de Moraes), entre outros.

Voltando a Dom Quixote: Man of la Mancha (nome original) foi escrito por Dale Wasserman, com música  de Mitch Leigh e letras de Joe Darion, baseado em D. Quixote, de Miguel de Cervantes.

Permita-me o leitor mais um pouco de saudosismo, ao lembrar desse espetáculo que marcou o início de um dos melhores teatros do País: no Brasil, a peça foi traduzida por Paulo Pontes e Flávio Rangel. A versão das canções para o português foi feita por Chico Buarque de Holanda e Ruy Guerra, o português que foi marido da saudosa atriz Leila Diniz.

O homem de la Mancha me proporcionou conhecer e desfrutar do conforto desse belo teatro projetado pelo mundialmente famoso arquiteto Oscar Niemeyer.

Mas foi assim: em São Paulo, Monte diz que tremeu ao ver e ouvir o canto forte dos imortais Paulo Autran, Bibi Ferreira – que interpretou a personagem Dulcineia – e Dante Rui, o Sancho Pança. E eu vidrei meus olhos e sensibilizei-me ao ver o trio sem Dante, mas com Grande Otelo nesse papel. Oito meses em cartaz! Uma epopeia.

OSMAR SILVA
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