Trabalhadores vão às urnas para eleger nova direção do Sticcero em meio a várias denúncias
Os trabalhadores da construção civil estão em ritmo de eleição nesta quinta-feira para eleger a nova Presidência do Sindicato da categoria, o Sticcero (Sindicato dos Trabalhadores na Industria e Construção Civil de Rondônia). Duas chapas estão na disputa, mas quem conhece a briga pelo sindicato sabe que a questão sempre é conturbada, pois sempre envolve denúncias de falcatruas.
Ontem e hoje, por exemplo, os canteiros de obras amanheceram com panfletos denunciando a atual direção do sindicato, que teria vendido as duas sedes da entidade, e ainda repartido entre si, os móveis que foram comprados com o dinheiro do trabalhador, através de uma fraude que passou despercebida pela categoria.
A chapa 1 é encabeçada pelo atual presidente Toco, que está no poder desde 2009; A chapa 2 é presidida pelo ex-diretor Alcires Queiroz, que teria deixado o cargo por não concordar com algumas questões internas no sindicato. A existência de uma chapa concorrente demonstra que a gestão do Toco não é unanimidade.
Denúcia
Uma das denúncias que estão sendo espalhadas pelos canteiros de obras e assombrado muitos trabalhadores é de conhecimento público: o atual presidente Toco e vários de seus diretores se beneficiaram com dinheiro da Odebrecht para evitar que a categoria fizesse greve. Ou seja, agiam como pelegos e ainda recebiam propinas.
O caso foi denunciado pelo site Painel Político, de Rondônia, do jornalista Alan Alex. Toco e seus diretores faziam parte de um grupo que ganhava propina da Odebrecht, juntamente com o ex-governador Ivo Cassol, o ex-prefeito Roberto Sobrinho e o ex-presidente da Assembleia, Valter Araújo.
“Os valores eram depositados diretamente em suas contas correntes. Os valores de R$ 5 mil, correspondem aos pagamentos efetuados a Raimundo Enelcio Pereira, Altair Donizete de Oliveira e Ademilton Santos Borges. Já́ os valores de R$ 2,5 mil se referem aos deposites em favor de Valdeci da Costa Braga e Francisco das Chagas Costa. Também recebia propina, o presidente do Sticcero, Raimundo Soares da Costa, vulgo “Toco”, com mesmo objetivo de evitar vandalismo no canteiro”, segundo diz o jornalista em sua coluna do dia 15 de abril de 2017.
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