Padre, sacerdote, presbítero e eclesiástico são algumas denominações dadas aos homens que destinam seu trabalho a serviço das Igrejas Católica, Ortodoxa e Anglicana.

Nesta segunda, dia 4 de agosto, é comemorado internacionalmente o dia dos membros do clero. Confira abaixo algumas questões que ainda surgem sobre essa orientação de vida.

DIA DO PADRE: COMO FUNCIONA O “SALÁRIO” DESSES SACERDOTES?

Os valores que os padres recebem como auxílio são chamados de "côngruas”. Segundo o padre Vander Lúcio, o sacerdote recebe da Igreja o suficiente para o sustento. “O conceito da vida religiosa que rege a nossa economia é a da Providência Divina”, contou o padre.

Para os que exercem outras funções além da sacerdotal, não significa que estão buscando uma “renda extra”, pois “não há dinheiro que pague uma vida dedicada ao serviço de Deus e do próximo. Pois não somos padres durante um expediente, mas em todos os momentos”, explicou o padre Vander Lúcio.

Em média, um padre recebe de R$ 3.500 a R$ 4 mil por mês. Desse valor, devolve o dízimo sacerdotal, paga a previdência social e o plano de saúde. Contudo, esse sistema não é regido pela Carteira de Trabalho e não é considerada uma profissão.

Quanto à moradia, os padres diocesanos normalmente vivem sozinhos ou em pequenas casas paroquiais, que serão ocupadas por outros posteriormente. Enquanto os de ordens religiosas geralmente vivem em comunidades com outros membros da sua ordem.

DIA DO PADRE: COMO É A FORMAÇÃO DE UM PADRE?

A formação de um padre pode levar muitos anos, incluindo os cursos de Filosofia e Teologia, além de treinamento pastoral e espiritual, geralmente passando por um seminário que pode durar de seis a oito anos.

Padres não apenas conduzem missas e sacramentos, mas também desempenham papéis de conselheiros, educadores, administradores e líderes comunitários, sendo chamados para ajudar em momentos de crise, realizar casamentos, batismos e funerais, além de oferecer orientação espiritual.

Padres católicos são frequentemente reconhecidos por seu traje clerical, que inclui a batina preta e o colarinho branco, e o vestuário litúrgico, como as vestes usadas durante a missa. Estas podem variar conforme a celebração e a época do ano litúrgico.

"Não há dinheiro que pague uma vida dedicada ao serviço de Deus e do próximo. Pois não somos padres durante um expediente, mas em todos os momentos"

Aqueles pertencentes a ordens religiosas, como os franciscanos, fazem votos de pobreza, castidade e obediência, renunciando posses pessoais e compartilhando tudo em comum com sua comunidade.

A missa em latim era a norma na Igreja Católica até as reformas do Concílio Vaticano II na década de 1960, que permitiram a celebração da missa nas línguas locais. Mas muitos padres ainda estudam latim como parte de sua formação.

Em muitas denominações cristãs não-católicas, como a Igreja Anglicana e várias igrejas protestantes, o celibato não é obrigatório, e os pastores podem se casar e ter famílias.