Redação, Guayaramerín (Beni, Bolívia), 12 de setembro de 2025 – A Polícia Boliviana realizou uma operação que culminou na prisão de ao menos quatro cidadãos brasileiros ligados a um assalto a um motel e ao sequestro de uma comerciante, ocorrido em Guayaramerín, cidade na fronteira com Rondônia. Os delitos geraram intensa apreensão na população local.

O que ocorreu

Durante a noite do último sábado, grupo armado invadiu um motel local utilizando réplicas de armas militares para intimidar vítimas – ação registrada por câmeras de segurança. Em seguida, as autoridades conduziram uma operação “relâmpago”, culminando na prisão de Marcelo Freitas da Silva (36 anos), Magno da Silva (40) e Esteysi Cortés Vaca (25), esta, de nacionalidade boliviana. No momento da detenção, foram apreendidas pistolas falsas, armas longas, munições, drogas e roupas usadas nos crimes.

No caso do sequestro da comerciante de 34 anos, outras três pessoas foram capturadas, incluindo um quinto brasileiro de 31 anos. A polícia encontrou veículos sem licença, celulares, dinheiro e um fuzil Mauser com munições. Três dos detidos possuem antecedentes por tráfico de drogas no Brasil.

Perfil dos envolvidos e linha de investigação

As investigações revelaram que a vítima do sequestro também possui ficha criminal na Bolívia — por roubo qualificado e envolvimento em homicídio em 2016, no departamento de Santa Cruz. Esse histórico sugere motivações adicionais à ação, como possíveis acertos de contas ou participação em redes criminais transnacionais que atuam na fronteira Brasil-Bolívia.

As autoridades não descartam envolvimento de organizações criminosas transnacionais, dado que Guayaramerín tem sido apontada como rota estratégica para tráfico de drogas, contrabando e sequestro.

Desdobramentos e repercussões

Os brasileiros permanecem sob custódia na Bolívia, onde responderão por roubo qualificado, sequestro e crimes relacionados a drogas. As prisões intensificaram a preocupação na região, e autoridades de ambos os países envolvidos devem cooperar na apuração dos vínculos dos suspeitos com o crime organizado.

A prioridade das investigações é localizar a comerciante sequestrada com segurança. Enquanto isso, busca-se consolidar informações que possam indicar ramificações mais amplas do grupo criminoso.

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