Centro da Capital enfrenta abandono, criminalidade e concentração de noiados; nem a Delegacia da Mulher escapou



Porto Velho (RO), 3 de junho de 2025 — A expansão urbana de Porto Velho nas últimas décadas trouxe consigo um fenômeno até então típico de grandes metrópoles: a decadência e o abandono da região central.

Embora o governo venha lutando para revitalizar, ruas esvaziadas do centro da Capital de Rondonia têm sido ocupadas por grupos de drogados, que se abrigam em prédios públicos e comerciais desativados, transformando o local em uma espécie de “terra de ninguém”, especialmente durante o período noturno.

Um dos exemplos mais emblemáticos do abandono é o prédio da antiga Delegacia da Mulher, situado ao lado de uma área militar da Capitania dos Portos e a menos de 100 metros do Prédio do Relógio, sede da Prefeitura.

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Segundo relatos da vizinhança, o local, atualmente desativado, foi alvo de mais uma ação criminosa nesta segunda-feira (2). Os invasores levaram até mesmo o portão do prédio, além de outros materiais como fios elétricos, pias, janelas e portas.

Os comerciantes que ainda resistem na região central relatam um cenário de insegurança crescente. Eles afirmam que os furtos e arrombamentos se tornaram rotineiros e que a ousadia dos criminosos aumenta a cada dia, diante da ausência de ações efetivas por parte das autoridades públicas.

“Esse é um problema social que as autoridades acham que a população tem que ficar submissa e aceitar pacificamente, enquanto existem secretarias cuja função é a ressocialização, com verbas destinadas para isso”, desabafa George Telles, presidente da Associação dos Ferroviários.

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Ele ainda ressalta que o centro da cidade “após as 14 horas se tornou um perigo para quem transita, com tantos usuários de drogas pedindo dinheiro”. A principal reivindicação dos comerciantes e moradores é por um patrulhamento mais ostensivo na região e ações concretas de acolhimento social para as pessoas em situação de rua.

Atualmente, a Secretaria Municipal de Assistência Social e Família (Semasf) e a Secretaria de Assistência Social (Seas) são as responsáveis pela política de acolhimento, tratamento e reinserção social dos moradores de rua e dependentes químicos, mas os comerciantes afirmam não perceber um trabalho efetivo que vise retirar ou encaminhar essas pessoas para programas de ressocialização.

De acordo com relatos, além de ocuparem os prédios abandonados, usuários de drogas utilizam esses locais como ponto de apoio para realizar arrombamentos e invasões em lojas e escritórios próximos. “Eles entram, pegam o que podem e, quando não há mais nada, partem para os imóveis vizinhos”, relata um comerciante.

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Enquanto a comunidade aguarda uma resposta efetiva das autoridades, a realidade é de crescentes furtos, roubos e assaltos no coração da cidade, alimentando a sensação de abandono e medo entre quem vive e trabalha na região.

Fonte: noticiastudoaqui.com



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